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    sábado, dezembro 30, 2006

    Um dos monges do mestre Gasan visitou a universidade em Tokyo. Quando ele
    retornou, ele perguntou ao mestre se ele jamais tinha lido a Bíblia Cristã.
    "Não," Gasan replicou, "Por favor leia algo dela para mim."
    O monge abriu a Bíblia no Sermão da Montanha em São Mateus, e começou a ler.
    Após a leitura das palavras de Cristo sobre os lírios no campo, ele parou.
    Mestre Gasan ficou em silêncio por muito tempo.
    "Sim," ele finalmente disse, "Quem quer que proferiu estas palavras é um ser
    iluminado. O que você leu para mim é a essência de tudo o que eu tenho estado tentando ensinar a vocês aqui."
    posted by iSygrun Woelundr @ 12:21 PM   0 comments
    MAGIA: Talismãs e Amuletos

    Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick
    .
    Solange e Marcelo Ruiz

    Muitas pessoas tem suas superstições: levantar com o pé direito, para ter um dia bom, não passar debaixo de escada, para evitar o azar....
    O Povo Cigano também tem muitas crenças e superstições, mas para cada uma delas eles usam objetos e elementos que consideram atratores de sorte, de poder, etc.
    Os amuletos são objetos já existentes no meio em que vivemos e os ciganos os usa para atrair as energias que desejam, ou para afastar as energias que não querem.
    Ex: A Ferradura – pendurada com a abertura para cima, na porta de entrada de sua casa, atrai sorte e boa fortuna.
    Se usada com a abertura para baixo, afasta ladrões e roubos de seu lar.
    Trevo de 4 folhas – atrai sorte
    Dente de alho – afasta vampiros energéticos
    Moedas – proteção e prosperidade
    Estes são só alguns elementos entre uma infinidade de outros amuletos usados.
    Agora talismã é aquele que o cigano confecciona com uma função pré-estabelecida.
    Por exemplo para atrair o amor, a sorte, a prosperidade, a proteção e muitos outros desejos. Então o talismã é feito com vários elementos, dependendo do que se deseja obter.
    Para fazer um talismã de proteção, vocês vão precisar de:
    1 pedaço de tecido verde
    1 estrela de 5 pontas ( metal)
    1 moeda de cobre
    agulha e linha da mesma cor do tecido para costurar.
    Fazendo o saquinho e colocando os elementos dentro dele, vá costurando e firmando os seus pedidos de proteção. Depois de pronto deixe o talismã em uma noite de lua nova e no sol da manhã seguinte.
    Agradeçam a Santa Sara e ao Povo Cigano e já podem usá-lo.
    Lachi bar! ( Boa Sorte! )

    Amor tenet omnia.
    http://br.groups.yahoo.com/group/portaldosesotericos/

    Conheça nossa lista 'irmãzinha
    'http://br.groups.yahoo.com/group/SeaAmar
    posted by iSygrun Woelundr @ 12:12 PM   0 comments
    MAGIA: A ANTROPOGÊNESE - De H. P. Blavatsky


    parte 2

    A Doutrina Secreta, v. III

    São Paulo: Ed Pensamento
    Doutrina Secreta, v. III
    De H. P. Blavatsky
    São Paulo: Ed Pensamento

    ESTÁGIOS EXISTENCIAIS 6
    Havendo estado em todas chamadas sete "criações", representadas alegoricamente pelas sete mudanças evolutivas (...) o HOMEM está presente na Terra desde o começp da Ronda atual. Depois de passar por todos os reinos da natureza nas três Rondas precedentes, sua constituição física - adaptada às condições térmicas daquelas primitivas épocas - estava apta para receber o divino Peregrino na aurora da vida humana, isto é, há 18 milhões de anos. Só no meado da Terceira Raça-Raiz foi o homem dotado de Manas. (...) embora os animais inferiores, desde a ameba ao homem, tivessem recebido suas Mônadas, que encerram todas as qualidades superiores potencialmente, estas qualidades têm que permanecer latentes até que o animal alcance a forma humana, antes de cuja fase o Manas (Mente) não se desenvolve. Nos animais, todos os princípios se acham paralisados e num estado comparável ao do feto, excetuando-se o segundo (princípio Vital), o terceiro (princípio Astral) e os rudimentos do quarto, Kâma, que é o desejo, o instinto, cuja intensidade e desenvolvimento variam com as espécies. (p. 272/273)
    (...) os ocultistas (...) crêem que a involução espiritual e psíquica segue linha paralela à evolução física - ou seja, que os sentidos internos, inatosnas primeiras raças humans, se atrofiaram com o desenvolvimento das raças e dos sentidos externos ... (p. 312)
    MACACOS
    6
    Para estudar a origem dos antropóides, devemos analisar a parada brusca da evolução de certas sub-raças e seu forçado e violento desvio para uma linha puramente animal, por via de cruzamentos artificiais, em tudo análogos aos processos de hibridação que hoje aprendemos a utilizar nos reinos animal e vegetal. Nesses monstros cobertos de pêlo vermelho, frutos de relações anti-naturais entre homens e animais, não encarnaram os "Senhores da Sabedoria" (...) Assim, uma longa série de transformações devidas a cruzamentos contra a Natureza (...) deu como resultado, com o passar do tempo, o aparecimento de espécimes inferiores da humanidade; e estes, por ulterior bestialidade e como conseqüência de seus primeiros esforços animais de reprodução, engendraram uma espécie que, desenvolvendo-se, passou a ser representada, muitos séculos depois, pelos símios mamíferos. (p. 219)
    Quando a Terceira Raça se separou e caiu no pecado, procriando homens-animais, estes (os animais) se tornaram ferozes, e os homens e eles se destruíram mutuamanete. Até então não havia pecado, nenhuma vida se destruía. (BLAVATSKY Apud DZYAN, P. 219)
    O macaco que conhecemos não é produto natural da evolução, mas um acidente, resultado de cruzamento entre um ser ou forma animal e o homem.(...) foi o animal mudo que inaugurou a união sexual, pois foi o primeiro que se separou em macho e fêmea. (...) Ora, não estava no plano da Natureza que o homem seguisse esse exemplo bestial. (p. 180)
    COMENTÁRIO:
    Parece pouco provável que algo ocorra à parte dos "planos da Natureza." A observação da autora deixa transparecer um certo preconceito enraizado por milênios de cultura antropomórfica.

    LILITH E A ORIGEM DOS MACACOS
    6
    Os símios apareceram milhões de anos após o ser humano dotado de palavra (...) os Egos dos macacos são entidades obrigadas pelo Carma a encarnar em formas animais, resultantes da bestialidade dos últimos homens da Terceira Raça e do começo da Quarta. (...) As numerosas tradições a respeito de Sátiros não são fábulas, mas recordam uma raça extinta de homens-animais. As "Evas" animais foram seus antepassados maternos, e o "Adões" humanos os paternos.; daí proveio a alegoria cabalística de Lilith ou Lilatu. A primeira esposa de Adão, descrita no Talmud como uma mulher "encantadora", "de cabelos longos e ondulados", isto é, uma fêmea animal peluda de uma espécie hoje desconhecida - mas, em todo caso, uma fêmea animal que, nas alegorias cabalísticas e talmúdicas, é considerada um reflexo feminino de Samael, Samael-Lilith, o homem-animal unido, um ser que, no Zohar tem o nome de Hayo Bishat, a Besta ou Besta Má. Foi essa união contrária à Natureza que deu origem aos macacos atuais. (...) Eis aí como a Ciência Oculta explica a ausência de todo elo [elo como o concebe a evolução darwinista] entre o macaco e o homem, mostrando que é o primeiro que descende do segundo. (p. 180/181)
    ATLANTES
    6
    As primeiras Raças Humanas com princípios físicos terrenos desenvolvidos e a primeira a praticar a reprodução sexuada foram os Lemurianos (6ª e 7ª sub-raças da 3ª Raça-Raiz) e os primeiros Atlantes (4ª Raça-Raiz).
    Estritamente falando, não é senão a partir das raças atlantes gigantescas que se pode fazer referência ao homem, pois só a Quarta Raça foi a primeira espécie humana completa, sem embargo de possuir uma estatura muito maior que a nossa, de hoje. (...) Só depois da chamada QUEDA é que as Raças entraram a desenvolver rapidamente a forma humana. (p. 245/246)
    Os primeiros Lêmuro-Atlantes são acusados de haver tomado como esposas mulheres de uma raça inferior, ou seja, a raça dos homens até então desprovidos de mente. Todas as escrituras antigas trazem a mesma lenda ... (p. 300) a Doutrina Secreta os acusa [os Lêmuro-Atlantes] (...) de haverem cometido o abominável crime deprocriar com "animais", dando assim ao mundo umaespécie verdadeiramente pitecóide, hoje extinta. (p. 303)
    Os Lêmuro-Atlantes não tinham necessidade de descobrir e fixar na memória o que o princípio animador sabia no momento da encarnação. Só o tempo e o adensamento progressivo da Matéria, de que se havia revestido os princípios, puderam, o primeiro, enfraquecer a memória dos conhecimentos pré-natais e, o segundo, entorpecer e até extinguir neles todo o fulgor da centelhaespiritual e divina. Em conseqüência (...) caíram vítimas de suas naturezas animais e procriaram "monstros", isto é, homens de uma variedade diferente. (...) Tinham forma humana, mas com as extremidades inferiores da cintura para baixo, cobertas de pêlos. Talvez a raça dos sátiros. (p. 303)
    LEMURIANOS
    6
    Os Lemurianos pertencem à 6ª e à 7ª sub-raças da 3ª Raça-Raiz. Os Atlantes, representam a 4ª Raça-Raiz. Ambos os tipos coexistiram, misturaram-se, conviveram e ocuparam territórios próprios: a Lemúria e a Atlântida, blocos continentais hoje desaparecidos. Os Lêmuro-Atlantes construíram cidades colossais; talhavam suas próprias imagens em tamanho natural e as adoravam. Cultivaram as Artes e as Ciências, conheceram a Astronomia, a Arquitetura e as Matemáticas. Os Lemurianos das duas últimas sub-raças foram precursores da civilização Lêmuro-Atlante. Foram eles que fundaram a vida coletiva nas primeiras cidades, rochosas, erigidas com pedra e lava. (BLAVATSKY, p. 134/135/136)
    MONSTROS E FÁBULAS
    6
    Então, a Terceira e a Quarta (Raças) cresceram em orgulho: "Somos os reis, somos os deuses. Tomaram esposas de aparência formosa. Esposas escolhidas entre ossem mente, os de cabeça estreita. Procriaram monstros, demônios perversos, machos e fêmeas, e também Khados (Dâkinis), de mente limitada. Edificaram templos para o corpo humano. Adoraram o varão e a fêmea. Então o Terceiro Olho deixou de funcionar.(BLAVATSKY Apud DZYAN, p 289)
    Tais foram os primeiros homens verdadeiramente físicos (...) A reminiscência desta Terceira Raça e dos Gigantescos Atlantes transmitiu-se de raça em raça e de geração em geração até a época de Moisés, e encontrou forma objetiva nos gigantes antediluvianos, esses terríveis feiticeiros e magos sobre os quais a Igreja Romana conservou lendas tão vívidas e ao mesmo tempo tão desfiguradas. (p. 289)

    Duas figuras mitológicas: à esquerda, dois gigantes. Hércules levanta do solo o gigante Ateu que, segundo a lenda, recebia suas forças diretamente de Gaia, a Terra, pelos pés. Hércules, erguendo o Gigante no ar, venceu a luta titânica. À direita, o Ciclope Polifemo, na concepção do simbolista francês Odilon Redon, observa sua amada, Galatéia, que jamais lhe pertenceu. Fonte das Ilustrações: ARTCYCLOPÉDIA
    GIGANTES 6
    Porque, em verdade existiram Gigantes (...) na ordem da criação, encontramos testemunhos que atestam a existência, na flora, das mesmas dimensões proporcionais, variando pari passu com as da fauna. (...) A série evolutiva do mundo animal prova que o mesmo se passou nas raças humanas. (p. 294)
    Tertuliano (...) certificou que havia, no seu tempo, um certo número de de gigantes em Cartago (...) jornais de 1858 (...) mencionam o achado de um "sarcófago de gigante" no sítio ocupado por aquela cidade. (...) Filóstrato (...) fala de um esqueleto gigante de 22 côvados, visto por ele prório no promontório de Sigeu. (p. 196)
    Era creça de toda a antiguidade, pagã e cristã, que a humanidade primitiva foi uma raça de Gigantes. Algumas escavações feitas na América (em terraços e cavernas) puseram a descoberto, em casos isolados, grupos de esqueletos com nove e doze pés de altura. Tais esqueletos pertencem a tribos dos primeiros tempos da Quinta Raça [a atual] e cuja estrutura degenerou para a média atual de cinco a seis pés. Podemos admitir sem dificuldade que os Titãs e os Ciclopes das idades primitivas eram realmente da Quarta Raça (a Atlante) ... Ciclopes reais (...) eram mortais dotados de "três olhos". (p. 311)
    CICLOPES
    6
    (...) as ruínas ciclópicas (assim chamadas até hoje) são umaprova da existência dos Ciclopes, aquela raça de gigantes (...) a Quarta Raça Primitiva (...) podia possuir três olhos, sem que o terceiro olho fosse necessariamente no meio da testa ... (p. 312)
    O TERCEIRO OLHO
    6
    Naqueles remotos tempos de machos-fêmeas (hermafroditas), havia criaturas humanas de quatro braços, uma só cabeça mas três olhos. Podiam ver pela frente e por detrás. Um Kalpa mais tarde, após a separação dos sexos, tendo os homens caído na matéria, tiveram sua vista espiritual enfraquecida, e o Terceiro Olho passou pouco a pouco a perder o seu poder (...) Quando a Terceira Raça atingiu o ponto médio de sua idade, a Visão Interna teve que ser despertada e adquirida por meio de estimulantes artificiais, cujo processo, os sábios antigos conheciam (...) Por sua vez, o Terceiro Olho, petrificando-se gradualmente, não tardou a desaparecer. Os dois rostos converteram-se em um único rosto, e o olho sumiu-se profundamente na cabeça, achando-se agora enterrado sob os cabelos. Durante os instantes de atividade do Homem Interno (durante o êxtase e a visão espiritual) o olho (o Terceiro Olho) infla e se dilata (...) O Lanu sem mácula [o Discípulo, o Chela] não deve temer nenhum perigo; o que não se mantém em estado de pureza [que não é casto] não receberá ajuda do Olho de Deva. (p. 312/313)
    Esta expressão "petrificando-se, empregada no lugar de "ossificando-se", é curiosa. O "olho posterior", que, naturalmente outra coisa não é senão a chamada Glândula Pineal, a pequena massa, semelhante a uma ervilha, de matéria cinzenta que adere à parte posterior do terceiro ventrículo do cérebro. Quase sempre se diz que contém "concreções minerais e areia", e "nada mais". (p. 312, NOTA)
    O "Olho de Deva" não existe mais para a maioria da humanidade. O Terceiro Olho está morto e já não atua, mas deixou atrás de si um testemunho de sua existência. Esse testemunho é a GLÂNDULA PINEAL. Quanto aos homens de "quatro braços", são os que serviram de protótipos para os deuses hindus de quatro braços... (p. 313)
    O desenvolvimento do olho humano confirma a antropologia oculta (...) O olho do embrião humano cresce de dentro para fora - saindo do cérebro, em vez de ser parte da pele, como nos insetos e no molusco chamado choco. (p. 313)
    O Professor Lankester (...) sugere a curiosa teoria de que o "nosso" primeiro antecessor vertebrado foi um ser transparente, no qual, por isso, pouca importância tinha a localização do olho! Ensina-se, deste modo, que o homem realmente foi, em certa época, um ser transparente... (p. 313)
    posted by iSygrun Woelundr @ 12:09 PM   0 comments
    Dogma e Ritual da Alta Magia - Eliphas Levi

    FICHAMENTO

    LIVRO: Dogma e Ritual da Alta Magia — [século XIX]
    AUTOR: LEVI, Eliphas. [Trad. Rosabis Camayasar]
    São Paulo: Ed Pensamento, 1995.
    4 BIOGRAFIA DO AUTOR
    4 ESPECIAL: BAPHOMET


    INTRODUÇÃO
    Através de todas as alegorias hieráticas e místicas dos antigos dogmas, através das trevas e provas bizarras de todas as iniciações, sob o sêlo de todas as escrituras sagradas, nas ruínas de Nínive ou Tebas, sobre as pedras carcomidas dos antigos templos e na face escurecida das esfinges da Assíria e do Egito, nas pinturas monstruosas ou maravilhosas que produzem para o crente da Índia as páginas sagradas dos Vedas, nos emblemas estranhos dos nossos velhos livros de alquimia, nas cerimônias de recepção praticadas por todas as sociedades misteriosas, encontram-se os traços de uma doutrina em toda parte a mesma e em toda parte escondida cuidadosamente. A filosofia oculta parece ter sido a nutriz ou matriz de todas as forças intelectuais, a chave de todas as obscuridades divinas, e a rainha absoluta da sociedade, nos tempos em que era exclusivamente reservada à educação dos padres e dos reis.
    Ela reinava na Pérsia com os magos... ela dotara a Índia das tradições mais maravilhosas e de um terrível luxo de poesia, graça e terror nos seus emblemas; ela civilizara a Grécia aos sons da lira de Orfeu; ela escondia o princípio de todas as ciências e de todos os progressos do espírito humano nos cálculos audaciosos de Pitégoras... A esta ciência, dizia a multidão, nada é impossível. (...)
    Eis o que fora a magia desde Zoroastro até Manés, desde Orfeu até Apolônio de Thyana, quando o cristianismo positivo, triunfando enfim dos belo sonhos e das gigantescas aspirações da escola de Alexandria, ousou fulminar publicamente com seus anátemas esta filosofia, e a reduziu, assim, a ser mais oculta e mais misteriosa que nunca. [p 50]

    DEFINIÇÃO DE MAGIA
    A magia é a ciência tradicional dos segredos da natureza, que nos vem dos magos. (p 74)

    A arte hermética é, pois, ao mesmo tempo uma religião, uma filosofia e uma ciência natural. Como religião é a dos antigos magos e iniciados de todos os tempos; em filosofia podemos encontrar seus princípios na escola de Alexandria e nas teorias de Pitágoras; como ciência, é preciso pedir os seus processos a Paracelso, Nicolau Flamel e Raimundo Lullo.




    RELIGIÃO UNIVERSAL
    A ciência conserva-se pelo silêncio e perpetua-se pela iniciação. A lei do silêncio, não é, pois, absoluta e inviolável senão para a multidão não iniciada. ... Sim, os sábios devem falar, não para dizer, mas para levar os outros à procura. ... o destino do homem é ... fazer ou criar a si próprio; ele é e será filho de suas obras no tempo e na eternidade. ... Os homens que são senhores de si próprios, facilmente se tornam senhores dos outros ... [Porém, para alcançar este domínio é preciso reconhecer as "leis de uma disciplina e de uma hierarquia universal." Reconhecer estas leis implica colocar-se em estado "ligação" ou "re-ligação", estado de religião consigo próprio e com o sistema de forças interagentes no qual, o próprio homem está inserido. Esta disciplina de "religião", ou simplesmente "esta religião sempre existiu no mundo e é a única que pode ser chamada de una, infalível, indefectível e verdadeiramente católica, isto é, universal. Esta religião, da qual todas as outras são véus e sombras, é que demonstra O SER pelo SER, a VONTADE pela RAZÃO, a RAZÃO pela EVIDÊNCIA e o SENSO COMUM. [Esta religião] ... é a que tem por base o DOGMA DAS ANALOGIAS UNIVERSAIS, mas também nunca confunde as coisas da ciência com as da fé. ... Mas esta religião razoável não poderia ser a da multidão, que precisa de fábulas, mistérios, esperanças definidas e terrores materialmente motivados. Por isso o SACERDÓCIO foi estabelecido no mundo e o sacerdócio se recruta pela iniciação. (p 299 | 300)

    A formação de um mago é essencialmente holística.
    Seus estudos são amplos e abrangem todas as áreas
    da ciência: humanas, exatas e naturais como física,
    química, biologia, etc. além das práticas destinadas
    ao condicionamento e integração entre o corpo e a mente.

    OBRAS MÁGICAS
    As obras mágicas são de uma onipotência relativa e o meio de apoderar-se dos maiores segredos da natureza é faze-los servir a uma vontade esclarecida e inflexível. ... As operações mágicas são o exercício de um poder natural mas superior às forças ordinárias da natureza. São o resultado de uma ciência (conhecimento) e de um hábito (prática continuada). ... O sobrenatural é simplesmente o natural extraordinário ... um milagre é um fenômeno que impressiona ... porque é inesperado ... surpreende os que ignoram suas causas ... Só há milagres para os ignorantes; mas como não existe ciência absoluta entre os homens, o milagre ainda pode existir, e existe para todos. ... Mas para fazer milagres é preciso estar fora das condições comuns da humanidade; é preciso estar ou abstraído pela sabedoria, ou exaltado pela loucura, acima de todas as paixões.

    ... Assim, por uma lei providencial ou fatal, o mago só pode exercer a onipotência na razão inversa de seu interesse material... Vós, pois, que procurais na magia o meio de satisfazer vossas paixões, parai neste caminho funesto; só achareis nele a loucura ou a morte, conforme a tradição popular: mais cedo ou mais tarde o diabo acaba por torcer o pescoço dos feiticeiros. (p 239 | 240)

    DIVINDADE HUMANA
    Deus age pelas suas obras: no céu opera pelos (através dos) anjos e na terrra pelos homens. Logo, no círculo de ação dos anjos, os anjos podem tudo que é possível a Deus e no círculo de ação dos homens, os homens dispõem, igualmente, da onipotência divina. ...O domínio do homem é toda natureza corporal e visível na terra ...pode modificar a atmosfera, agir até certo ponto sobre as estações, conservar a vida e dar a morte. ...O poder absoluto sobre a própria razão e a própria vontade é o maior poder que o homem pode alcançar e é por meio deste poder que (o mago) opera, deixando espantada a multidão que, então, fala em MILAGRE. A mais perfeita pureza de intenção é indispensável ao taumaturgo; depois lhe é necessária uma corrente favorável e uma confiança ilimitada. O homem que chegou a nada desejar e a nada temer é o senhor de tudo. ... Na Terra, nada resiste a uma vontade razoável e livre. Quando o sábio diz: "Eu quero", é o próprio Deus que quer e tudo o que ordena se realiza.
    (p 385 - 386)


    PREPARAÇÃO DO MAGO - ADESTRAMENTO
    "... para fazer milagres, é preciso estar fora das condições comuns da humanidade. (...) O magista deve ser impassível, sóbrio e casto, impenetrável e inacessível a toda espécie de preconceitos ou terror. ... A primeira e mais importante das obras mágicas é chegar a esta rara superioridade. ... Quereis reinar sobre vós mesmos e os outros ? Aprendei a querer. ... A preguiça e o esquecimento são inimigos da vontade. ... Que e preciso fazer primeiramente ? ... Levantar-vos todos os dias à mesma hora e cedo; lavar-vos em qualquer estação, antes do dia, numa fonte; nunca trazer roupas sujas, e, para isso, lavá-las vós mesmos, se for preciso; submeter-vos às privações voluntárias, para melhor suportar as involuntárias; depois impor silêncio a todo desejo que não seja o da realização da grande obra. ... Um preguiçoso nunca será mago. A magia é um exercício de todas as horas e de todos os instantes. É preciso que o operador das grandes obras seja senhor absoluto de si mesmo; que saiba vencer as atrações do prazer, o apetite e o sono; que seja insensível ao sucesso como à afronta...
    [LEVI, op.ct. – vol II, capítulo I. As preparações]

    PURIFICAÇÃO
    A purificação do mago deve consistir na abstinência das voluptosidades brutais, num regime vegetariano e brando, nas supressões dos licores fortes e na regularidade das horas de sono. Essa preparação foi indicada e representada, em todos os cultos, por um tempo de penitências e privações... É preciso observar ... a limpeza mais escrupulosa. ... É preciso também lavar ou mandar lavar com cuidado as roupas, os móveis e os vasos que se usam. Toda sujidade atesta negligência, e, em magia, negligência é mortal... É preciso purificar o ar, ao levantar-se e deitar-se... Não devemos falar com ninguém das obras que realizamos... o mistério é condição rigorosa de todas as operações da ciência. É preciso desviar os curiosos, alegando outras ocupações... mas a palavra proibida da magia nunca deve ser pronunciada... O mago deve isolar-se no começo, e mostrar-se muito difícil em relações, para concentrar em si sua força e escolher os pontos de contato... É preciso evitar, tanto quanto possível, a vista das coisas horrendas e das pessoas feias; não comer em casa das pessoas que não se estimam, evitar todos os excessos e viver de modo mais uniforme e organizado... (245)
    POSTURA MENTAL
    Para se preservar das más influências a primeira condição é evitar que a imaginação se exalte. Todos os exaltados são mais ou menos loucos ...Ponde-vos pois acima dos temores pueris e desejos vagos; crêde na sabedoria suprema ...Deus é visível nas suas obras, e nada pede aos seres contra as leis da natureza deles ... Fé, confiança; tende confiança não nos homens que vos falam mal da razão, porque são loucos ou impostores, mas sim na eterna razão que o verbo divino, esta luz verdadeira, oferecida, como o sol, à intuição de toda a criatura humana ...Se acreditardes na razão absoluta e se desejais mais do que tudo a verdade e a justiça, não deveis temer ninguém e só amareis os que são amáveis. A vossa luz natural repelirá instintivamente os malvados ...Assim, até as substâncias venenosas que poderiam vos ser administradas não afetarão a vossa inteligência. (p 379)



    SER MAGO
    A magia, que os antigos chamavam Sanctum Regnum, o Santo Reino ou Reino de Deus, Regnum Dei, só é feita para os reis e padres. Sois padre? Sois rei? (...) O homem que é escravo de suas paixões ou dos preconceitos deste mundo não poderia ser um iniciado; ele nunca se elevará enquanto não se reformar; não poderia, pois, ser um adepto, porque a palavra adepto significa aquele que se elevou por sua vontade e suas obras. (p 72)

    Para adquirir o poder mágico são necessárias duas coisas: desembaraçar a vontade de toda servidão e exercê-la (submetê-la, a VONTADE) à dominação. ... Querer bem, querer por longo tempo e querer sempre, tal é o SEGREDO DA FORÇA. (p 280)

    Aquele que se entrega às obras da ciência deve fazer, cada dia, um exercício moderado, abster-se das vigílias muito prolongadas e seguir um regime são e regular. Deve evitar as emanações cadavéricas, a aproximação de águas apodrecidas, os alimentos indigestos e impuros. Deve, principalmente, distrair-se todos os dias das preocupações mágicas por trabalhos quer de arte, de indústria ou ofício. O meio de ver bem é não olhar sempre, e aquele que passasse a vida visando sempre um mesmo fim, acabaria por nunca atingi-lo. (p 278)

    Um homem verdadeiramente homem só pode querer o que deve ... por isso, impõe silêncio aos desejos e ao temor, para escutar a razão. Um homem assim é um rei natural e um sacerdote espontâneo para as multidões errantes. Por isso o objeto das iniciações antigas se chamava indiferentemente arte sacerdotal. As antigas associações mágicas eram seminários de sacerdotes e reis e a pessoa só podia ser admitida nelas por obras verdadeiramente sacerdotais e reais, isto é, pondo-se acima de todas as fraquezas humanas ...

    [O iniciado das antigas tradições] ... abandonava inteiramente sua vida e sua liberdade aos mestres do templo de Tebas ou de Mênfis. ... Abjurar momentaneamente a sua liberdade [ou hábito?] ... eis o que devem fazer e sempre fizeram os que aspiram ao Sanctum Regnum da onipotência mágica. Os discípulos de Pitágoras condenavam-se a um silêncio rigorosos de vários anos. ... A vida é uma guerra em que é preciso dar provas para subir um grau: FORÇA não se obtêm do nada; é preciso tomá-la. A iniciação pelas provas é indispensável para chegar à ciência prática da magia. (p 300 | 302)

    EDUCAÇÃO DA VONTADE
    Muitas pessoas dirão que ... a força de vontade e a energia de caráter são dons da natureza. Não discordo disso, mas reconheço também que o hábito pode refazer a natureza; a vontade pode ser aperfeiçoada pela educação e ... todo cerimonial mágico ... só tem por objetivo experimentar, excitar e habituar assim, a VONTADE à perseverança e à força. Quanto mais as práticas são difíceis e humilhantes, tanto mais têm efeitos; agora, deveis compreendê-lo. ... As cerimônias, as vestimentas, os perfumes, os caracteres e as figuras são instrumentos de exercício da imaginação e educação da VONTADE. [p 281 | 283)

    DISCRIÇÃO ABSOLUTA
    Não vos vanglorieis das obras que operastes ... Meditai sobre a duodécima figura das chaves do Taro (O Enforcado, em seu aspecto de Iniciado) ... e calai-vos. ... O mago deve viver no retiro ... É o que representa o símbolo da nona chave do Taro (O Ermitão), em que o iniciado é figurado por um eremita inteiramente envolto em seu manto. Todavia, este retiro não deve ser o isolamento. Ele precisa de devotamentos e amizades; mas deve escolhê-las com cuidado e conservá-las a todo preço. Deve ter uma outra profissão que não seja a de mago; a magia não é um ofício. Para se entregar à magia cerimonial é preciso estar sem preocupações inquietadoras; é preciso poder adquirir todos os instrumentos da ciência ... é preciso, enfim, ter um laboratório inacessível, onde não haja risco de ser surpreendido ou perturbado. (p 296 | 296)

    MAGOS E ANIMAIS
    O homem que se libertou da cadeia dos instintos perceberá primeiramente sua onipotência pela submissão dos animais. ... Raramente um homem tem alguma coisa a recear de um animal do qual não tem medo. (p 281)

    PERIGOS DA MAGIA
    Como já dissemos várias vezes, as operações da magia não são isentas de perigo. Podem levar à loucura ... Podem excitar o sistema nervoso e produzir terríveis e incuráveis doenças. ... Nada é mais perigoso do que fazer da magia um passatempo, como certas pessoas que fazem dela as diversões das suas tardes. (p 295)

    IMAGINAÇÃO
    Um dos poderes mais estranhos da imaginação humana é o da realização dos desejos da vontade ou até de seus temores e apreensões. A pessoa crê facilmente no que teme ou no que deseja, diz o provérbio, e tem razão, porque o desejo e o temor dão à imaginação uma força realizadora, cujos efeitos são incalculáveis.

    DIABO
    ... o diabo não é uma pessoa. É uma força desviada, como, aliás, o nome indica. Uma corrente ódica ou magnética, formada por uma cadeia de vontades perversas, constitui esse mau espírito, que o evangelho chama Legião ...Satã, como personalidade superior e como potência é a personificação de todos os erros, perversidades e, por conseguinte, personificação de todas as fraquezas. ... O dogma de Zoroastro, a lei mágica das duas forças que constituem o equilíbrio universal, mal entendido, foi utilizado doutrinariamente para explicar as aberrações da magia negra. Esta deturpação, o MANIQUEÍSMO, deu origem à concepção de uma divindade negativa ...Esse deus mau, nascido da imaginação dos sectários, tornou-se o inspirador de todas as loucuras e de todos os crimes. Ofereceram-lhe sangrentos sacrifícios; a idolatria monstruosa substituiu a verdadeira religião; a magia negra fez caluniar a alta e luminosa magia dos verdadeiros adeptos e houve nas cavernas e nos lugares desertos, horríveis conventículos de feiticeiros, vampiros e estriges: porque a demência logo se muda em frenesi e dos sacrifícios humanos à antropofagia há somente um passo.
    (p 279 - 338 - 339)

    SABBAT - TRANSE E ALUCINÓGENOS
    Para um grande número de infelizes ...o Sabbat era simplesmente um longo pesadelo ...obtido por meio de beberagens, fumigações (queima de ervas e perfumes) e fricções narcóticas. Porta (que já apontamos como um mistificador) ...dá, na sua Magia Natural, a pretensa receita do ungüento das feiticeiras ...Ele o compõe com gordura de criança, acôntido fervido com folhas de álamo e algumas outras drogas ...As composições opiáceas, a seiva ou essência de cânhamo, entrariam com não menos sucesso em tais composições. A gordura ou o sangue das aves noturnas, junto com esses narcóticos e ainda a cerimônia da magia negra podem ferir a imaginação e determinar a direção dos sonhos.
    (p 339)

    SUPERSTIÇÃO
    Superstição é uma palavra latina que significa sobreviver. É o sinal que sobrevive ao pensamento; é o cadáver de uma prática religiosa. (p 197)



    DIFERENÇA ENTRE MAGIA E BRUXARIA
    Há uma verdadeira e uma falsa ciência, uma magia divina e uma magia infernal, isto é, mentirosa e tenebrosa; temos que revelar uma e desvendar outra; temos que distinguir o mago do feiticeiro e o adepto do charlatão. O mago dispõe de uma força que conhece, o feiticeiro procura abusar do que ignora. (...) O mago é o soberano pontífice da natureza, o feiticeiro não passa de um profanador. (p 73)

    ENFEITIÇAMENTOS

    (...) afirmamos sem temor que o enfeitiçamento é possível. (...) não só é possível como também é, de algum modo, necessário e fatal. Realiza-se sem cessar, no mundo social, sem conhecimento dos agentes e pacientes. O enfeitiçamento involuntário é um dos mais terríveis perigos da vida humana. (...) Há, pois, duas espécies de enfeitiçamentos: o enfeitiçamento involuntário e o enfeitiçamento voluntário. Pode-se também distinguir o enfeitiçamento físico do enfeitiçamento moral. (...) o enfeitiçamento “POR CORRENTE” é uma coisa muito comum, como notamos; somos levados pela multidão, no moral como no físico. As doenças morais são mais contagiosas do que as doenças físicas, e os sucessos de predileção e moda (os fenômenos dos modismos) ... poderíamos comparar à lepra ou ao cólera-morbo.
    (p 177 | 178)
    MULHERES

    O que contribui para tornar histéricas as mulheres (século XIX) é sua educação débil e hipócrita. Se fizessem mais exercícios, se lhes ensinassem as coisas do mundo ...elas seriam menos caprichosas, menos vaidosas, menos fúteis e, por conseguinte, menos acessíveis às más seduções. A fraqueza sempre se simpatiza com o vício, porque o vício é uma fraqueza que se dá a aparência de uma força.

    (p 379)

    (Um homem) Aquele que se quer fazer amar (por uma mulher) ...deve, primeiramente, fazer-se notar e produzir uma impressão qualquer na imaginação da pessoa que deseja. Que a encha de admiração, espanto ou terror, de horror até, se só tiver este expediente; mas é preciso a todo preço que, para ela, ele saia da posição dos homens comuns e que tome, de boa ou má vontade, um lugar na sua memória.

    (p 373)

    Uma grande decepção para o amor próprio de certas mulheres honestas é descobrir que, no íntimo, o homem a quem tomavam por um bandido, é, na verdade, bom e irreprovável. Desprezam então o bonachão dizendo-lhe: "Tu não és o diabo!". Disfarçai-vos, pois, em diabo o mais perfeitamente possível, vós que quereis seduzir um anjo. ...A posição de um homem de grandes princípios e caráter rígido somente é encantadora para mulheres imunes aos truques de sedução; todas as outras, sem exceção, adoram os maus homens.

    (p 373)

    Pode-se dizer que o amor, principalmente na mulher, é uma verdadeira alucinação. ...Sendo dado este conhecimento transcendental da mulher, há uma segunda manobra a se operar para atrair sua atenção: é não se ocupar dela ou ocupar-se de um modo que humilhe seu amor próprio, tratando-a como uma criança e afastando qualquer hipótese de estar lhe fazendo a corte. Então, os papéis mudarão: ela fará tudo para vos tentar, ela vos iniciará nos segredos que as mulheres se reservam, vestir-se-á e despir-se-á diante de vós, dizendo coisas como estas: "Entre mulheres, entre velhos amigos, não vos temo, não sois homem para mim" etc. ... aproximar-se-á de vós sob um pretexto qualquer, vos roçará com seus cabelos, deixará o roupão se abrir...

    (p 374 - 375)
    TRANSMUTAÇÕES

    As transmutações e metamorfoses foram sempre,na opinião do vulgo, a própria essência da magia. Ora, o vulgo, ...jamais acerta ou se engana completamente. A magia muda realmente a natureza das coisas ou, antes, modifica à sua vonate as aparências ... A palavra cria sua forma ...As coisa são, para nós, o que o nosso verbo interior as faz serem. Julgar-se feliz é ser feliz. ...Muitas vezes, sob o domínio de uma forte preocupação, OLHAMOS SEM VER ..."Fazei com que olhando não vejam" disseo o grande iniciador ...que, um dia, vendo-se a ponto de ser lapidado no templo, se fêz INVISÍVEL e saiu. (Capítulo xIV - p 329 | 333)
    POÇÕES

    Atacamos, agora, o abuso mais criminoso que se pode fazer das ciências mágicas: é a magia, ou antes a feitiçaria envenenadora. (...) Se a justiça humana, usando de rigor contra os adeptos, só tivesse atingido os necromantes e feiticeiros envenenadores (...) seus rigores teriam sido justos (...) contra semelhantes celerados. (...) João Baptista Porta, em sua Magia Natural, dá uma receita do veneno dos Bórgias (...) Podemos, pois, dar aqui a receita de Porta, somente para satisfazer a curiosidade dos nossos leitores.

    O sapo, por si mesmo, não é venenoso, mas é uma esponja de venenos. Tomai, pois, uma grande sapo, diz Porta, e prendei-o numa garrafa com víboras e áspides (sinônimo de pequena cobra venenosa); dai-lhes para alimento, durante vários dias, cogumelos venenosos, a digital e a cicuta, depois irritai-os, batendo-lhes, queimando-os, atormentando-os de todas as maneiras, até que morram de raiva e fome. Salpicai-os então de escuma de cristal pulverizado e eufórbio (raiz venenosa da família da mandioca). Depois, pô-los-ei numa redoma bem fechada e fareis secar lentamente toda a sua umidade pelo fogo. Em seguida, deixareis esfriar e separeis a cinza dos cadáveres ... O pó fará dessecar e envelhecer em alguns dias, depois morrer no meio de horríveis sofrimentos, ou uma atonia geral, aquele que tiver tomado uma pitada misturada com sua bebida.

    É preciso convir que esta receita tem uma fisionomia mágica das mais feias ... Eram semelhantes pós que os feiticeiros da Idade Média ... vendiam a grande preço à ignorância e ao ódio; era pela tradição de semelhantes mistérios que espalhavam o espanto nos campos e chegavam a lançar sortes. Uma vez ferida a imaginação, uma vez atacado o sistema nervoso, a vítima perecia rapidamente ... Só a operação destas más obras e a realização destes horríveis mistérios constituíam e confirmavam o que então era chamado de pacto com o mau espírito. É certo que o operador devia pertencer ao mal de corpo e alma ... (p 192 | 195 | 196)
    AMÊNDOAS E NICOTINA

    O ácido prússico é um terrível agente de envenenmento do pensamento. É por isso que é preciso evitar qualquer destilação que tenha o gosto deamêndoa, afastar do quarto de dormir as amendoeiras e os daturas, os sabonetes de amêndoas, os leites de amêndoas e, em geral, todasas composições de perfumaria emque o cheiro das amêndoas dominarem, principalmente se sua ação sobre o cérebro for reforçada pelo âmbar.

    O emprego do fumo, como o tabaco ...é um auxiliar perigoso dos filtros entorpecedores e dos envenenamentos da razão. A nicotina, como se sabe, não é um veneno menos violento queo ácido prússico e se acha em maior quantidade no fumo que nas amêndoas. (p 375 - 376)

    MAU OLHADO
    No Norte, onde os instintos são mais reprimidos e mais vivazes; na Itália, onde as paixões são mais expansivas e mais ardentes, ainda são temidas as sortes e o mau olhado; em Nápoles, não é desafiada impunemente a jettatura, e até reconhecemos, por certos sinais exteriores, os seres desgraçadamente dotados deste poder. Para garantir-se contra isso, é preciso trazer consigo chifres, dizem os práticos, e o povo, que toma tudo ao pé da letra, apressa-se em enfeitar-se com pequenos cornos, sem pensar no SENTIDO DA ALEGORIA. Os chifres, atributos de Júpiter Amon, Baco e Moisés, são SÍMBOLOS da força moral e do entusiasmo; e os magos querem dizer que para desafiar a jettatura, é preciso DOMINAR POR UMA GRANDE OUSADIA, um grande entusiasmo ou um GRANDE PENSAMENTO a CORRENTE fatal dos instintos. (p 196)




    NECROMANCIA & GOETHIA
    As evocações (de espíritos) devem ser sempre motivadas e ter um fim louvável; de outro modo são operações das trevas e de loucura, muito perigosas paera a razão e a saúde. Evocar por pura curiosidade ...é estar já disposto a afadigar-se só com prejuízo. ...O motivo louvável de uma evocação pode ser o amor ou a inteligência (busca de conhecimento).

    RECEITA PARA EVOCAÇÃO DOS MORTOS!!!
    Os processos da magia negra têm por fim perturbar a razão e produzir todas as exaltações febris que dão coragem para os grandes crimes. ...É assim que, no Grande Grimório ...encontram-se processos de necromancia que consistem em:
    1. Cavar a terra dos túmulos com as unhas e deles tirar ossos que devem ser conservados no peito em forma de cruz.
    2. Assim "paramentado", assistir à missa da meia-noite, em uma igreja, na noite de Natal (Missa do Galo) e, no momento da elevação, levantar-se e fugir exclamando: "Que os mortos saiam de seus túmulos!".
    3. Voltar ao cemitério, tomar um punhado de terra que se ache bem perto de um caixão, voltar correndo para a porta da igreja, cujos assistentes terá espantado com a cena anterior, e ali depor os dois ossos arrumados em cruz exclamando de novo: "Que os morto saiam de seus túmulos!"; e se não houver, então, ninguém para vos prender e levar para o hospício, o necromante deve afastar-se a passos lentos e contar 4 mil e 500 passos sem se de nada se desviar e sem olhar para trás.
    4. No fim desta caminhada de 4 mil e 500 passos, espalhareis a terra que tens nas mãos em forma de cruz e deitar-vos-ei no chão, assumindo a postura de um cadáver e repetireis mais uma vez: "Que os mortos saiam de seus túmulos!" e evocareis por fim aquele que desejais que apareça.

    (RITUAL, Capítulo XV - p 328)
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    MAGIA E CRISTIANISMO

    SINAL DA CRUZ
    O sinal da cruz adotado pelos cristãos não lhes pertence exclusivamente. É cabalístico e representa as oposições e o equilíbrio quaternário dos elementos. Primitivamente , havia duas maneiras de o fazer ... uma reservada aos padres iniciados; a outra oferecida aos neófitos e profanos ... o iniciado, levando a mão à testa (e contiuando o gesto conhecido), dizia: A TI PERTECEM: O REINO, A JUSTIÇA E A MISERICÓRDIA NOS CICLOS GERADORES ... (p 269)

    REIS MAGOS
    A estrela alegórica dos magos outra coisa não é senão o misterioso pentagrama; e estes três reis, filhos de Zoroastro (discípulos), guiados pela estrela flamejante ao berço do Deus microcósmico, seriam suficientes para provar as origens inteiramente cabalísticas e verdadeiramente mágicas do dogma cristão. Um destes reis é branco, outro preto e o terceiro é moreno. O branco oferece ouro, símbolo da vida e da luz; o preto oferece mirra, imagem da morte e da noite; e o moreno apresenta o incenso, emblema do dogma divino, conciliador dos dois princípios (vida e morte); depois voltam ao seu país por um outro caminho, para mostrar que um culto novo é simplesmente um novo caminho para levar a humanidade à religião única, a do ternário sagrado (Santíssima Trindade) e do irradiante pentagrama, um único catolicismo ... (p 275 | 276)


    ORÁCULOS
    A adivinhação, que se faz pelas quatro formas elementares (através), são chamadas: aeromancia, hidromancia, piromancia e geomancia, Com efeito, os quatro elementos são simplesmente instrumentos para ajudar a segunda vista. ... Os temperamentos sanguíneos são mais dispostos à aeromancia, os biliosos à piromancia, os pituitosos à hidromancia e os melancólicos à geomancia. A aeromancia confirma-se pela ONEIROMANCIA ou adivinhação pelos sonhos; supre-se a piromancia pelo magnetismo (“leitura” da aura), a hidromancia pela cristalografia (“leitura” nos cristais), e a geomancia pela cartomancia. ... Mas a adivinhação, de qualquer modo que a operemos, é perigosa ou, ao menos, inútil, porque desanima a vontade, embaraça a liberdade e fatiga o sistema nervoso. (p 271)

    SOBRE O AMOR

    Pode verdadeiramente vencer a voluptosidade do amor, somente quem venceu o amor da voluptosidade. Poder usar e abster-se, é poder duas vezes. O amor vos prende pelos vossos desejos: sede senhor dos vossos desejos e prendereis o amor. ... Dispõe do amor dos outros quem é senhor do seu. Quereis possuir, não vos deis.

    ... Quando a atmosfera magnética de duas pessoas é de tal modo equilibrada que o atrativo de uma aspira a expansão da outra, produz-se uma atração que se chama simpatia; então, a imaginação ... se faz um poema de desejos que arrastam a vontade e produz [nas pessoas envolvidas] em embebedamento completo de luz astral, que se chama de paixão propriamente dita ou amor.

    ... O amor é um dos grandes instrumentos do poder mágico; mas é formalmente interdito ao mago, ao menos como embebedamento ou como paixão. ... O amor sexual é sempre uma ilusão, porque é o resultado de uma miragem ... A luz astral é o sedutor universal, figurado pela serpente do Gênese. Para apoderar-se dela, [da serpente, do amor como tipo de energia] é preciso, como a mulher predestinada, por o pé sobre sua cabeça.

    ... A luz astral dirige os instintos animais e dá combate à inteligência ... (...) A antipatia outra coisa não é senão o pressentimento de um enfeitiçamento possível, enfeitiçamento que pode ser de amor ou de ódio, porque se vê, muitas vezes, o amor suceder à antipatia. (...) As paixões humanas produzem fatalmente, quando não são dirigidas, os efeitos contrários ao desejo desenfreado. O amor excessivo produz a antipatia...


    MORTE

    A morte é um fantasma da ignorância; ela não existe: tudo e vivo na natureza e, porque tudo é vivo, tudo se move e muda incessantemente de formas. A velhice é o começo da regeneração ...O corpo é uma vestimenta da alma. Quando esta vestimenta está completamente gasta ou grave e irreparavelmente danificada, a alma a deixa ...A morte não é nem o fim da vida nem ocomeço da imortalidade; é a continuação e a transformação da vida.



    VERBO
    ... a vida se prova pelo movimento. ... os desenvolvimentos da vida por si mesma e sua produção de formas novas, nós chamamos criação. A potência inteligente que age no movimento universal, chamamo-la o verbo, de um modo transcendental e absoluto. (LEVI, 1995 - p. 18).

    O homem é o taumaturgo da terra, e pelo seu verbo, isto é, pela sua palavra inteligente, dispõe das forças fatais. Irradia e atrai como os astros (...) eis o segredo terrível que era escondido com tanto cuidado nas sombras dos antigos santuários. (p 43)

    In principio erat verbum ... Que é um princípio? É uma base de palavra, é uma razão de ser do verbo ... a inteligência é um princípio que fala. ... Que é a luz intelectual? É a palavra (...) o ente é o princípio, a palavra é o meio e a plenitude ou o desenvolvimento, e a perfeição do ente é o fim; falar é criar. (p 71)

    VERBO, FORMA E LUZ ASTRAL

    Toda forma é véu de um verbo, porque a idéia, mãe do verbo, é a única razão de ser das formas. Toda figura é um caráter, todo caráter pertence e volta a um verbo. ... a forma é proporcional à idéia.
    (p 77, 78)

    Todas as formas correspondem a idéias, e não há idéia que não tenha sua forma própria e particular. A luz primordial (campo de ressonância mórfica), veículo de todas as idéias, é a mãe de todas as formas e transmite-as de emanação em emanação, apenas diminuídas ou alteradas por causa da densidade dos meios. ... a luz astral ou o fluido terrestre, que chamamos o grande agente mágico, está saturado de imagens ou reflexos de toda espécie os quais a nossa alma pode evocar e submeter ... Estas imagens sempre nos estão presentes e somente se acham apagadas pelas impressões mais fortes da realidade durante a vigília, ou pelas preocupações do nosso pensamento, que deixa nossa imaginação desatenta ao panorama móvel da luz astral. Quando dormimos, este espetáculo se apresenta por si mesmo a nós, e é assim que se produzem os sonhos... (p 111)

    O verbo perfeito é ternário, porque supõe um princípio inteligente, um princípio que fala e um princípio falado. (...) A própria gramática atribui três pessoas ao verbo. A primeira é a que fala, a segunda é aquela a quem se fala, a terceira é aquela de quem se fala. O princípio infinito, ao criar, fala de si mesmo a si mesmo. (p 91)
    COMENTÁRIO: refere-se às três pessoas da conjugação verbal: eu, tu, ele e seus plurais ou, ainda, como em teoria da comunicação, o emissor, o receptor e o conteúdo da mensagem. Em semiótica a semiose na relação entre sujeito(s) emissor(es), signo(s), e sujeitos(s) receptor(es). A estrutura básica da sintaxe também se compõe pela relação de três elementos: sujeito, verbo e objeto ou, agente, ação e paciente. A divindade é trina e seu mistério pode ser traduzida por analogia com a expressão do pensamento e da fala. Deus é agente, ato e paciente. É Aquele que fala DE SI MESMO PARA SI MESMO. O Verbo é Criador neste ato de expressão linguística que desencadeia o surgimento de todas as coisas. Na aparente simplicidade do pensar-dizer EU SOU o Deus-Um se faz Trino e afirmando sua consciência de SER, percebendo-se ontologicamente, realiza este SER, que é infinito em suas manifestações.



    MUNDO INVISÍVEL
    Não há mundo invisível, há somente vários graus de perfeição nos orgãos. ... A alma pode perceber por si mesma e sem intermédio dos orgãos corporais (...) Espiritual e corporal são palavras que sòmente exprimem os graus de tenuidade ou densidade da substância. O que se chama, em nós, imaginação, não é mais que propriedade inerente à nossa alma de se assimilar as imagens e os reflexos contidos na luz viva, que é o grande agente magnético. ... Assim, para o sábio, imaginar é ver, como, para o mago, falar é criar. (p 109)

    SISTEMA DE VIBRAÇÕES E CORRENTE MAGNÉTICA
    ... uma vontade lúcida pode agir sobre a massa da luz astral, e, com o concurso de outras vontades que absorve e arrasta, determinar grandes e irresistíveis correntes. (...) a luz astral se condensa ou se rarifica, conforme as correntes a acumulam, mais ou menos, em certos centros. ... Todo esforço inteligente da vontade é uma projeção de fluido ou luz humana, e aqui importa distinguir a luz humana da luz astral ... Servindo-nos da palavra fluido, empregamos uma expressão generalizada ...mas estamos longe de dizer que a luz latente seja fluido. Tudo nos levaria, pelo contrário, a preferir, na explicação deste ente fenomenal (luz astral), o sistema de vibrações. (p 118)

    O corpo absorve o que o rodeia e irradia sem cessar, projetando seus miasmas e suas moléculas invisíveis; o mesmo acontece com o espírito, de modo que este fenômeno, chamado por alguns místico o respiro, tem realmente a influência que lhe é atribuída, quer no físico, quer no moral. É realmente contagioso (...) achar-se no círculo de atração e expansão dos malvados. (p 119)


    REALIZAÇÃO

    ...as realidades ...constituem as proporções do ideal, e o mago só admite como certo, no domínio das idéias, o que é demonstrado pela realização da palavra ...Um pensamento se realiza tornado palavra [nome, como em santo Agostinho, 1980]; esta [palavra, nome, idéia referência] se realiza pelos sinais, sons e figuras de sinais; é este o primeiro grau de realização. Depois ela se imprime na luz astral por meio ...da escrita ou da palavra [fala, voz articulada]; ela influi sobre outros espíritos, refletindo-se neles; se refrata atravessando o diáfano dos outros homens, aí toma formas e proporções novas, depois se traduz em ato e modifica a sociedade e o mundo; é este o último grau de realização. (p 128)

    PENTAGRAMA, SIGNO DO PODER

    ...os espíritos elementais são submissos a este signo, quando o é empregado com inteligência ...Todos os espíritos criados se comunicam entre si por sinais e aderem a um certo de número de verdades expressas por certas formas determinadas. ...Paracelso ...afirma que todas as figuras mágicas e todos os signos cabalísticos dos pentáculos aos quais os espíritos obedecem, se reduzem a dois ...o signo do macrocosmo ou o sêlo de Salomão ...e o do microcosmo, ainda mais poderoso que o primeiro, isto é, o pentagrama

    ...Se perguntarem como um signo pode ter tanto poder sobre os espíritos elementais, perguntaremos, por nossa vez: por que o mundo cristão se prosternou diante do sinal da cruz? O sinal por si mesmo nada é, e só tem força pelo dogma de que é resumo e verbo. Ora, um signo que resume, exprimindo-as, todas as forças ocultas da natureza, um signo que sempre manifestou aos espíritos elementares e outros um poder superior (...) naturalmente os enche de respeito e temor e os força a obedecer, pelo império da ciência e da vontade sobre a ignorância e a fraqueza. (p 112-115)

    AS PALAVRAS OCIOSAS
    Os pensamentos que não se traduzem em palavras são pensamentos perdidos para a humanidade; as palavras que não são confirmadas por atos são palavras ociosas, e não há grande distância da palavra ociosa à mentira. (p 131)

    CORRENTE MAGNÉTICA OU CADEIA MÁGICA
    Todo entusiasmo propagado numa sociedade, por uma continuidade de comunicações e práticas firmes, produz uma corrente magnética e se conserva ou aumenta pela corrente. A ação da corrente é arrastar e, muitas vezes, exaltar fora da medida as pessoas impressionáveis e fracas, as organizações nervosas, os temperamentos dispostos ao histerismo e às alucinações. Estas pessoas se tornam poderosos veículos da força mágica, projetam com força a luz astral na própria direção da corrente; opor-se, então, às manifestações de força, seria, de algum modo, combater a fatalidade. ...os círculos mágicos e as correntes magnéticas se estabelecem por si mesmos e influem, conforme leis fatais (p 150)

    Formar a cadeia magnética é fazer nascer uma corrente de idéias que produza a fé e arraste um grande número de vontades num círculo dado de manifestações pelos atos. Uma cadeia bem formada é um turbilhão que arrasta e absorve tudo. Podemos estabelecer a cadeia de três modos: pelos sinais, pela palavra e pelo contato. (...) Os sinais, uma vez recebidos e propagados, adquirem força por si mesmos. A vista e a imitação do sinal da cruz eram suficientes, nos primeiros séculos, para fazer prosélitos ao cristianismo. ...A imaginação é criadora, não somente em nós, mas também fora de nós, pelas nossas projeções fluídicas ...A imprensa é um admirável instrumento para formar a cadeia magnética pela propagação da palavra. Com efeito, nenhum livro é perdido, os escritos vão sempre onde devem ir e as aspirações do pensamento atraem a palavra. (p 308/311)

    SIGNOS
    Todo signo corresponde a uma idéia e tem a forma especial de uma idéia. (p 251)

    RITUAIS E TALISMÃS

    Para o magista todos os pensamentos e rituais são signos combinados no sentido de expressar um pensamento e uma vontade:
    "As cerimônias, as vestimentas, os perfumes, os caracteres e as figuras, sendo, como já dissemos, necessários para empregar a imaginação na educação da vontade, o sucesso das obras mágicas depende da fiel observação de todos os ritos. [Estes ritos são fundamentados] pelas leis essenciais da realização analógica e da relação que existe necessariamente entre as idéias e as formas. (p 283)

    O verdadeiro magista enfeitiça sem o cerimonial e somente pela reprovação àqueles que julga necessário punir; enfeitiça até pelo seu perdão os que lhe fazem mal, e nunca os inimigos dos iniciados ficam impunes de suas más ações. ... Os enfeitiçamentos dos feiticeiros são de uma outra sorte e podem ser comparados a verdadeiros envenenamentos de uma corrente de luz astral[As cerimônias que praticam servem para “exaltar” a VONTADE a fim de faze-la agir à distância.] ... Denunciemos aqui alguns de seus processos reprováveis:


    Procuram ou solicitam cabelos ou roupas da pessoa cuja vida querem influenciar. Quando querem amaldiçoar, escolhem um animal que, a seus olhos, seja o símbolo da vítima. Os cabelos e pedaços da roupa são costurados ao animal, seja no corpo, seja dentro da boca. Chamam o animal pelo nome da vítima, depois matam-no com só golpe de uma faca “mágica”, abrem-lhe o peito, arrancam-lhe o coração ... e durante três dias, a toda hora, enterram neste coração pregos, alfinetes ou espinhos, pronunciando maldições sobre o nome da pessoa que se pretende enfeitiçar. Acreditam ( e muitas vezes com razão) que assim estão atingindo a pessoa simbolizada. [Os procedimentos aqui descritos lembram o princípio do vodoo]. A vítima, muitas vezes previamente e longamente impressionada, pode, de fato, começar a enfraquecer-se e, no fim de algum tempo, morre de um mal desconhecido. ... O enfeitiçamento é mais infalível se a pessoa puder obter cabelos, sangue e, principalmente, um dente da pessoa enfeitiçada. Desta crença surgiu o ditado popular: “Tendes um dente contra mim”.

    ... As AMEAÇAS são enfeitiçamentos reais quando agem vivamente sobre a imaginação, principalemnte se esta imaginação aceita facilmente a existência de um poder oculto ... A terrível ameaça do inferno, este enfeitiçamento da humanidade durante vários séculos, criou mais pesadelos, mais doenças sem nomes e mais loucuras furiosas do que todos os vícios e excessos reunidos. ... Mas o enfeitiçamento produz um efeito absolutamente contrário às intenções do operador quando a ameaça é vã, quando se depara com altivez naquele que é ameaçado, quando se depara com resistência... Um grande meio se repelir enfeitiçamentos é não temê-los. O enfeitiçamento age à maneira das doenças contagiosas. Em tempo de peste, os que têm medo são os primeiros atacados. O meio de não temer o mal é não ocupar-se dele. ... [No plano físico, são consideradas medidas de HIGIENE ENERGÉTICA]: 1. providenciar lavar com cuidado ou queimar peças de roupa e banho quando quiser descartar-se delas. Lavar, se pretende doar; 2. Jamais fazer uso de um vestuário que serviu a um desconhecido sem ter purificado este vestuário pela lavagem e pela fumigação com incensos de cânfora ou âmbar.
    (LEVI, op. cit. p 353 a 358)

    VIA CRUCIS
    A lenda do Judeu Errante: um povo mandou um sábio ao suplício, dizendo-lhe: “Caminha!” quando ele queria descansar um instante. Pois bem, este povo vai sofrer uma condenação semelhante, vai ser proscrito inteiramente e, durante séculos, dir-lhe-ão: “Caminha!”, sem possa achar piedade ou descanso. (p 353)
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    MAGIA: Wolf Messing | 1899-1975


    Wolf Messing foi um paranormal russo: telepata, leitor de mentes, via à distância e teve a sorte de sobreviver a duas catástrofes históricas: o Holocausto e o regime mortal de Joseph Stalin. Filho de judeus, nasceu em 1899, em Gora-Kavaleiya, próximo a Varsóvia - Polônia, na época, parte do Império Russo. Na infância, sofreu de lunatismo, uma desordem de comportamento causada pela influência das fases da Lua.

    Aos seis anos, foi mandado para uma escola religiosa onde se dintinguia por sua devoção e sua incrível habilidade para memorizar orações. Ainda rapaz, saiu de sua terra natal de mamneira inusitada: embarcou no primeiro trem que passava à sua frente. Ia para Berlim; Messing não tinha a passagem; quando o bilheteiro entrou na cabine e pediu o ticket, Messing apanhou um papel no chão e mirando fixamente os olhos do homem, entregou o papel cheio de convicção de que era uma passagem. O fiscal aceitou sem ressalvas; Wolf Messing começou sua incrível história de paranormal.

    Em Berlim, conheceu o psiquiatra e neurologista profº Abel, o primeiro a perceber os incríveis poderes mentais e habilidade de controlar o próprio corpo. Abel começou a conduzir experiências de leitura da mente. Messing podia colocar a si mesmo em estado de catalepsia - uma espécie de transe, estado alterado de consciência. Nesse estado, podia "ver o futuro". O jovem Messing começou, então, a trabalhar no Panopticum de Berlim - um circo, um teatro de variedades. No leste europeu, os shows com paranormais são muito comuns.

    O profº Abel estava espantado com os resultados das experências. Messing podia entender comandos mentais, que executava com precisão. Ele treinava indo ao mercado de Berlim ler a mente dos vendedores. Era um adolescente ainda. Abel começou a orientar exercícios de superação da dor e Messing tornou-se tão hábil quanto um faquir. Com o dinheiro das apresentações ajudava a família.

    Aos 16 anos viajou. Era sua primeira tournê. Ele era muito mais que uma simples atração de entretenimento. Usava os espetáculos para executar um programa "experimentos psicológicos" - e assim conhecer melhor e aprimorar seus poderes, interagindo com o público: executava comandos, sabia a vida das pessoas sem nunca tê-las visto, encontrava objetos perdidos. Sua fama cresceu e atraiu a atenção de Albert Einstein. Na casa de Einstein, conheceu Freud que fez com ele experiências mentais. Freud lhe ensinou a arte da concentração e do auto-hipinotismo. Messing conheceu muitas outras personalidade famosas, como Gandhi, em 1927.

    Em 1917, começou uma tourné internacional surpreendendo as pessoas em todo o mundo. Em 1921 tinha um famoso medium como empresário. Fez inimigos entre os charlatães que tramavam contra ele porém, Messing descobria os planos dos rivais usando sua apurada percepção. Resolveu crimes recuperando coisas valiosas.



    Inimigo do Terceiro Reich

    Em 1937, Wolf Messing entrou para a "lista negra" de Aldolf Hitler. Durante um espetáculo, em Varsóvia, profetizou a derrota dos alemães se tentassem invadir a Rússia. Hitler, que era fascinado por poderes místicos, reagiu mal às declarações. Ficou histérico... e os nazis colocaram a cabeça de Messing "a prêmio" por 200 mil marcos. Não se sabe ao certo se Hitler queria o paranormal morto ou se pretendia usá-lo em cativeiro. Messing teve de esconder por um longo tempo.

    Em 1939, chegou a ser preso em Varsóvia, embaraço do qual se livrou graças a seus poderes. Trancado, dominou mentalmente os guardas para que fossem à sua cela, abrissem e se deixassem trancar lá, no lugar dele. Em fuga, foi para a União Soviética.



    Stalin

    Na União Soviética encontrou a proteção Panteleymon Ponomarenko, lider comunista na Bielo Russia. Voltou a se apresentar em público até que a polícia secreta (NKVD) apareceu e interrompeu o espetáculo. Messing foi levado a Moscou para conhecer pessoalmente Joseph Stalin. Stalin estava interessado em Messing; embora não fosse religioso, o ditador considerava possíveis as faculdades paranormais. Para testar Messing, Stalin mandou que assaltasse um banco.



    Roubando um Banco

    Messing, seguido por um esquadrão de polícia, caminhou até o Banco Central, em Moscou, e ali se apresentou dizendo que tinha uma ordem de pagamento de 100 mil rublos. Abriu sua pasta diante do homem do guichê e foi prontamente atendido. Deixou o edifício com o dinheiro provando seu poder; mas retornou para devolver a quantia. O caixa, ao ver o dinheiro, foi tomado de forte comoção e sofreu um ataque cardíaco. Messing ficou feliz quando soube que o homem tinha sobrevivido.

    Stalin ficou convencido e a fama veio imediatamente. Wolf Messin se transformou em um tipo de superstar. Sua assistente, Valentina Ivanovskaya, conta que o Messin conheceu Beria, Voroshilov, Kalinin e outras personalidades soviéticas. Stalin e Lavrenti Beria - chefe da polícia secreta, decidiram testar as habilidades hipnóticas novamente. Messing deveria sair do Kremlin sem passe e vencer a barreira dos guardas. Messing se foi e ninguém o abordou ou barrou seu caminho. Ele encontrou os líderes soviéticos na rua; tinha feito os guardas acreditarem que ele, Messing, era o próprio Stalin. Voltando ao Kremlin, captou o pensamento de um sentinela: "Você é sujo", judeu" - pensou o guarda. O telepata golpeou o guarda na nuca usando o pensamento e o sentinela caiu. Messing foi consultado várias vezes pelos líderes soviéticos e reunia-se com a elite do partido e oficiais da polícia secreta em uma atividade extremamente desgastante.

    Entre 1943 e o fim da guerra as apresentações foram suspensas. Nesse tempo, o governo soviético teria requisitado seus serviços em uma missão de espionagem na Sibéria. Não há menção a esse período na biografia do paranormal. Algum tempo depois do recolhimento de Messing, os alemães invadiram a Rússia. Messing foi convidado a falar com a cúpula do Forças Vermelhas. Ele previu uma guerra feroz com a Alemanha que terminaria entre 3 a 5 de maio de 1945 com vitória soviética. Stalin foi informado sobre a previsão e quando a guerra acabou, o chefe soviete mandou um telegrama de congratulações para o "profeta". Messing guardou este telegrama durante anos. Messing doou seu próprio dinheiro para a construção de dois aviões de guerra e ajudou seu país por adoção muitas outras vezes. Sua família tinha sido dizimada no Holocausto. Com o fim da guerra voltou a fazer apresentações públicas e foi atração da TV.

    Paranormalidade

    Durante a guerra o telepata fez muitas performances em unidades militares soviéticas e hospitais. Suas misteriosas faculdades intrigavam os ideólogos comunistas da propaganda materialista. Em 1950 a Instituto de Filosofia da Soviet Academy of Sciences publicou uma análise declarando que as habilidades telepáticas de Messing eram baseadas na interpretação dos reflexos do pensamento da pessoa no sistema neuro-motor ou seja, na verdade Messing estaria "lendo" os movimentos involuntários e inconscientes. Os cientistas proclamavam que "telepatia não existe"; o pensamento humano não pode "existir" fora do cérebro ou do mundo material.

    Messing acreditava na existência de um "campo" especial rersponsável pelas comunicações telepáticas. Achava que isso deveria ser pesquisado. Era fascinado pela hipnose; em sua juventude, na Polônia, usara a telepatia para produzir cura de doenças mentais. Também podia ver o futuro e não escondia que acreditava na clarividência. O mais difícil ao explicar esse fenômeno era compreender a essência do tempo e sua conexão com o espaço e a interconexão entre passado, presente e futuro. Wolf Messing trabalhou até 1974. Falava fluentemente polonês, russo, hebreu e alemão. Morreu em 1975 e foi enterrado junto de sua esposa no cemitério de Vostryakovsky, Moscou. A KGB confiscou seus diários pessoais e notas imediatamente após sua morte. O conteúdo desse material jamais foi divulgado.


    FONTE
    Wolf Messing: Russia's Greatest Psychic - IN Thoth Web
    Paul Stone Hill - acessado em 16/11/2006
    tradução: Ligia Cabús (Mahajah!ck)
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    PSICHOS: Cairo - Teólogos lutam contra a circuncisão feminina

    No Cairo, foi desencadeada uma pequena revolução: uma conferência de teólogos muçulmanos de alto escalão concordou que a mutilação genital feminina é irreconciliável com o islamismo. A prática dolorosa, e freqüentemente fatal, da circuncisão feminina afeta milhões de mulheres na África.

    O grito de Fátima é aterrador e angustiante. A garota, que parece ter cerca de oito anos de idade, grita em pânico, no início devido ao medo, e depois por ser incapaz de suportar a dor pela qual está passando. Ela está deitada no chão de uma cabana de pau-a-pique em algum lugar no deserto etíope. O seu corpo se contorce de dor à medida que ela grita, chora e, finalmente, fica deitada choramingando. O seu vestido novo, verde com estampas floridas, está ensopado de sangue.

    Dois homens e a mãe dela pressionam essa criança delicada contra o solo e abrem as suas perninhas finas. Uma mulher velha se agacha em frente a Fátima, empunhando uma lâmina brilhante e uma grossa agulha de cerzir. Hoje é o dia em que Fátima se transformará em uma mulher. Uma mulher decente.

    A agulha grossa serve para levantar os lábios da vulva a fim de facilitar o corte destes. A mulher velha coloca a lâmina na posição. Primeiro ela corta os pequenos lábios da vulva e a seguir o clitóris. Há sangue por toda parte.

    A garota arqueia o corpo pequeno, coberto de suor. A mulher joga freqüentemente um líquido leitoso sobre a ferida para prevenir infecções. A seguir a avó da garota entra na cabana, apalpa a ferida e pede a mulher velha que faça um corte mais profundo. O processo recomeça. Os gritos de Fátima são quase insuportáveis. Se a imagem desta menina passando pela circuncisão feminina é tão difícil de suportar, como é que ela consegue agüentar a dor?

    Finalmente o trabalho é concluído. A ferida é fechada com espinhos. Apenas uma pequena abertura é deixada. Um pedaço de palha é inserido neste pequeno orifício para impedir que ele se feche. A seguir as pernas de Fátima são amarradas juntas com uma corda para permitir que a ferida cicatrize. Ela ficará de cama, com as pernas amarradas desta forma, durante várias semanas. A mulher velha conclui a sua tarefa bárbara com um tapa nas costas da menina. Agora Fátima é uma mulher.



    Milhões de vítimas

    Cerca de 6.000 mulheres são vítimas da mutilação genital todos os dias. Ou cerca de dois milhões por ano. A Organização Mundial de Saúde (OMC) calcula que entre 100 e 140 milhões de mulheres em todo o mundo sejam circuncidadas. A maioria das mulheres circuncidadas vive em 28 países da África, bem como na Ásia e no Oriente Médio. Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), pelo menos 90% das mulheres são circuncidadas em países subdesenvolvidos como Etiópia, Sudão, Djibuti, Somália e Serra Leoa. Por outro lado, quase não se pratica a circuncisão feminina no Iraque, no Irã e na Arábia Saudita. A OMC identifica quatro tipos de mutilação genital:



    a. Tipo I, ou "clitorectomia": extirpação da pele em volta do clitóris, com ou sem a extração de parte ou de todo o clitóris.

    b. Tipo II, ou "excisão": remoção de todo o clitóris e de parte ou da totalidade dos pequenos lábios.

    c. Tipo III, ou "infibulação": remoção de parte ou de toda a genitália externa, e a costura do orifício vaginal, deixando-se apenas uma pequena abertura.

    d. Tipo IV: várias outras práticas, incluindo perfurações, incisões ou retalhamento do clitóris.



    Uma em cada três meninas morre como resultado da infibulação, também conhecida como mutilação faraônica. As mulheres são submetidas à circuncisão há milhares de anos, e o costume está profundamente enraizado no pensamento humano. Certas tradições exigem que as mulheres sejam circuncidadas, e muitas vezes é a própria mulher que deseja dar continuidade a esse ritual, em parte como forma de impedir que as meninas tenham desejos sexuais. De fato, uma mulher não circuncidada é considerada sem valor algum no mercado de casamentos em muitos locais por ser tida como "impura" ou "livre".



    Condenação contundente

    Embora a circuncisão seja muitas vezes defendida com razões supostamente religiosas, não existe justificativa religiosa para essa prática, nem no cristianismo nem no islamismo. A condenação contundente por parte de líderes religiosos e morais é necessária para que essa prática terrível seja abolida. Mas parece existir um movimento em curso - pelo menos se um evento ocorrido no Cairo duas semanas atrás for tomado como um indicador. Tal evento equivaleu a uma pequena revolução.

    Clérigos e teólogos muçulmanos da Alemanha, da África e do Oriente Médio passaram dois dias discutindo a mutilação genital feminina. O objetivo da conferência foi declarar que essa forma de circuncisão é incompatível com a ética do islamismo como religião global.

    Foi um alemão que organizou e financiou a conferência. Em 2000, Rüdiger Nehberg, 71, um homem conhecido por aventuras como a travessia do Oceano Atlântico em um barco movido a pedal, criou a Target, uma organização de direitos humanos dedicada a combater a mutilação genital feminina. Desde então, Nehberg, acompanhado da sua companheira de toda a vida, Annette Weber, tem viajado pela África com a sua câmera de vídeo, documentando essa prática inumana, e procurando obter o apoio de lideranças políticas e religiosas à sua causa. Aonde quer que vá, Nehberg diz: "Esse costume só pode ser abolido com a força do islamismo". Ao organizar a conferência, que foi realizada na Universidade Al-Azhar, no Cairo, sob os auspícios do grande mufti egípcio Ali Jumaa, Nehberg chegou um passo mais perto da sua meta.

    Vários acadêmicos muçulmanos importantes participaram do evento. O ministro egípcio de organizações religiosas de caridade, Mahmud Hamdi Saksuk, condenou a prática, assim como o grande xeque da Universidade Al-Azhar, Mohammed Sayyid Tantawi. Até mesmo o renomado e notório clérigo e jornalista egípcio, Yusuf al-Qaradawi, que goza de grande popularidade no Oriente Médio devido aos comentários que faz na rede de televisão Al Jazira, participou da conferência no Cairo.

    Qaradawi fez jus à sua reputação como elemento de linha dura ao inicialmente criticar não a mutilação, mas o fato de a conferência ter sido financiada por uma instituição estrangeira. Ele também reclamou do título da conferência, "A Proibição da Violação do Corpo Feminino pela Circuncisão", alegando que este era tendencioso e arrogante.



    Uma prática proibida pelo islamismo

    Mas depois de muita hesitação, até mesmo Qaradawi concordou que o Alcorão afirma ser proibido mutilar a criação de Deus. "Nós estamos do lado daqueles que proíbem essa prática", declarou ele, acrescentando, entretanto, que os médicos devem proferir a palavra final.

    Mas as ativistas dos direitos das mulheres não acharam que isso foi suficiente. Mushira Chattab, a embaixadora especial da primeira-dama egípcia e diretora do Conselho Nacional de Infância e Maternidade, pediu aos especialistas em direito que participaram da reunião que assumissem uma postura clara contra a circuncisão feminina. A seguir ela se dirigiu a Qaradawi e disse: "Você não deveria deixar a condenação dessa prática a cargo dos médicos".

    Todos os médicos presentes à conferência concordaram que não existe justificativa na medicina para a mutilação genital feminina. Heribert Kentenich, médico chefe da clínica de mulheres do Hospital DRK em Berlim disse que "não dá para entender de forma alguma" o fato de 75% dessas circuncisões no Egito serem realizadas por médicos. "Fico horrorizado ao constatar que existem médicos enriquecendo com essa prática", acrescentou Kentenich.

    O número estimado de casos de circuncisão feminina caiu significativamente - alguns dizem que a queda foi de até 97%, outros que foi de 50% -, mas é impossível obter estatísticas precisas. Ainda que a queda tivesse sido de apenas 50%, isso já representaria cerca de 400 mil meninas por ano. "Conferir um caráter médico à mutilação genital feminina parece tornar essa prática mais aceitável", afirma Kentenich.

    Dentre as conseqüências diretas da circuncisão feminina estão hemorragias, dores terríveis e uma ansiedade que pode gerar traumas. Além disso, a prática pode ainda provocar infecções do aparelho urinário, do útero, das trompas de falópio e dos ovários. Outras conseqüências como o tétano, gangrena e infecção generalizada podem ser fatais. Além disso, as mulheres que são submetidas à mutilação faraônica experimentam dores durante a menstruação, quando o sangue se acumula na vagina devido ao fato de a abertura ser muito pequena para permitir o fluxo normal. As mulheres mutiladas também correm um risco maior de serem infectadas com o HIV.

    O ato sexual é doloroso para as mulheres circuncidadas. A fim de consumar o ato, os homens muitas vezes penetram as suas mulheres à força. Aqueles cujos pênis não são capazes de consumar a penetração usam uma faca para aumentar a abertura vaginal. As mulheres circuncidadas podem enfrentar complicações durante a gravidez, e tanto a mãe quanto a criança correm um risco maior de morrerem durante o parto.

    Não existe nenhuma justificativa religiosa para essa prática. Todas as três principais religiões monoteístas mundiais definem o homem como sendo uma criação perfeita do todo-poderoso, e condenam qualquer dano infligido à criação de Deus. No seu sura 95, verso quatro, o Alcorão afirma: "Nós criamos o homem segundo a nossa mais perfeita imagem". Além disso, o islamismo preconiza que tanto os homens quanto as mulheres devem experimentar a satisfação sexual, e satisfazer a mulher é considerado um dever conjugal do marido - uma tarefa praticamente impossível quando a mulher é circuncidada.

    Embora os participantes da conferência tenham de forma geral concordado quanto a esses fatos, alguns homens insistiram insistentemente em defender a circuncisão como prática estabelecida. "As nossas mulheres são circuncidadas há milhares de anos, e elas nunca reclamaram", gritou um ancião agitado na platéia. Ele afirmou que a conferência era uma conspiração ocidental, e disse que a exposição de fotos de circuncisões se constitui em um crime.

    Mas os teólogos e clérigos na platéia declararam que a circuncisão feminina é um costume deplorável, para o qual não existe qualquer fundamento nos textos religiosos. Eles pediram aos parlamentos dos países nos quais essa prática é comum que instituam leis transformando a mutilação genital em um crime.

    O grande mufti do Egito assinou a resolução no dia seguinte. Ali Jumaa declarou acreditar firmemente que a luta contra esse costume terrível será bem sucedida. Os muçulmanos baseiam grande parte de seus comportamentos nas opiniões legais emitidas pelos líderes religiosos.

    Para Rüdiger Nehberg, o aventureiro engajado em uma cruzada pelas mulheres, a conferência representou a realização de um sonho. "Eu agora pretendo imprimir um pequeno livro contendo as recomendações e os comentários dos líderes religiosos, e distribuir quatro milhões de cópias em todo o mundo", disse Nehberg.

    FONTE
    UOL/MÍDIA GLOBAL
    publicado em 07/12/2006
    por Amira El Ahl
    posted by iSygrun Woelundr @ 11:31 AM   0 comments
    psichos: Feliz Ano Novo!
    As pessoas valorizam muito a festa de Ano Novo, porque sentem o desejo de se renovar. As comunidades antigas expressavam isso através de ritos: jogavam fora roupas e objetos, querendo eliminar o que, em suas vidas, estava "envelhecido". No primeiro momento do ano novo, todos peregrinavam a uma montanha alta para ver uma paisagem nova ou banhavam-se, em um rio ou no mar, para acolher o tempo novo dado por Deus. Até hoje, os ritos que ocorrem nas praias brasileiras, em homenagem a Iemanjá, (nome que a religião dos Orixás dá à manifestação de Deus nas águas do mar), revelam este desejo de renovação.

    COMIDINHAS QUE DÃO SORTE
    LENTILHAS: uma colher de sopa é suficiente prá assegurar um ano inteiro de muita fatura à mesa. A origem desta supertição é italiana e foi trazida para o Brasil pelos imigrantes.
    ROMÃS: para atrair dinheiro, coma sete partes, guardando as sementes na carteira.
    BAGOS DE UVA: para os portugueses, comer 3, 7 ou a quantidade correspondente ao seu número de sorte garante prosperidade e fartura de alimentos. Para garantir também dinheiro, guarde as sementes na carteira ou na bolsa, até a troca do próximo Ano-Novo.
    CARNE DE PORCO: deve ser o prato principal da ceia, servida à meia-noite. Como o porco fuça pra frente, garante armários cheios o ano todo. Evite o peru, que cisca para trás.
    NOZES, AVELÃS, CASTANHAS E TÂMARAS: estas, trazidas para cá pelos imigrantes de origem árabe, são recomendadas para garantir fartura.

    A MODA MUDA PRA DAR SORTE
    CALCINHA OU CUECA NOVAS: Dão sorte no amor, porque deixam os mal-entendidos para trás. São recomendadas principalmente para quem está começando namoro, para garantir o futuro.
    ROUPA BRANCA: é um hábito relativamente recente, trazido para o Brasil com a popularização das religiões africanas. O branco representa luz, pureza, bondade.
    QUALQUER PEÇA AMARELA: pode ser uma peça íntima, um lenço, uma faixa ou um pequeno lacinho amarelo (que deve ficar sempre na sua bolsa). O amarelo representa o poder do ouro e, dizem, atrai dinheiro.
    UMA NOTA DE DINHEIRO DENTRO DO SAPATO: os orientais dizem que a energia entra no nosso corpo pelos pés. Vai daí, o dinheiro no sapato atrai mais e mais riquezas.
    LENÇÓIS NOVOS: a dica é especial para recém-casados. Dizem que os lençóis novos, na primeira noite de ano, deixam as possíveis ameaças do ano passado na máquina de lavar. (CRUZ, 89).

    A MEIA NOITE DEPOIS DOS ABRAÇOS, HÁ MUITO O QUE FAZER
    PULAR SÓ COM O PÉ DIREITO. Você estará atraindo boas coisas para a sua vida, pois, segundo a Bíblia, tudo que está à direita é bom.
    JOGAR MOEDAS, da rua para dentro de casa (se você mora no térreo, por favor). Dizem que atrai riqueza para todos que moram no lugar.
    DAR TRÊS PULINHOS, com uma taça de champanhe na mão, sem derramar uma gota. Depois, jogar todo o champanhe para trás, de uma vez só, sem olhar. Você deixa para trás tudo de ruim. E não se preocupe em molhar os outros: quem for atingido pelo champanhe terá sorte garantida o ano todo.
    SUBIR NUM DEGRAU numa cadeira, enfim, em qualquer coisa num nível mais alto. Diz o folclore que isso dá impulso a sua vontade de subir na vida. Comece, é claro, com o pé direito.
    FAZER BARULHO: é uma forma de afugentar os maus espíritos que os povos antigos praticavam. Vale apito, batucada, bater panelas, desde que seja exatamente à meia-noite. Dizem que não há mal que resista.
    ACENDER VELAS NA PRAIA ou jogar rosas nos espelhos de água, em intenção de Iemanjá. A deusa africana protege seus fiéis, com saúde, amor e dinheiro o ano todo, dia o candomblé.
    Há ainda o belo costume de receber o Ano Novo com fogos de artifícios, sinos tocando e muita música, tudo à meia-noite. Enfim os desejos, pedidos, simpatias e sonhos sonhados.

    SUPERSTIÇÕES
    - Não é bom passar o Ano Novo com os bolsos vazios.
    - Comer doze uvas verdes, à meia-noite do Ano Novo, para ter dinheiro em todos os meses do ano, também é bom.
    - Guardar em lugar seguro, para ninguém achar, a tampa da garrafa de "champangne" usada na festa de Ano Novo, que tenha feito muito barulho, chama dinheiro.
    - Defumar a casa, no fim do Ano e véspera do Ano Novo, com um defumador feito com carvão, xerém e açúcar, além de chamar a sorte e dinheiro, tira, também, o azar do ano velho.
    - No dia de Reis (6 de janeiro), colocar três caroços de romã dentro da carteira, para ter dinheiro durante o Ano Novo.
    É meia-noite no mundo, noite de 31 de dezembro. E, respeitadas as diferenças de fuso horário, promessas são feitas, desejos pensados, mal-entendidos superados. Momento mágico em que queremos acreditar que a mudança da folhinha no calendário pode dar um nossa vida. Aos nossos sonhos.
    Se as superstições dão resultados ou não, não importa. A gente quer mais é começar o ano com o pé direito e, por pé direito, entenda-se muita festa e alegria. Mesa farta, música, amigos e parentes por perto, cada um de nós faz pequenas "mágicas" para garantir que o ano seja perfeito.
    Finalmente, o Reveillon - (Acordar) - Pobres e ricos confraternizando a chegada do Ano Novo. Oferendas a Iemanjá são feitas em grande parte do litoral brasileiro. Como este costume, há também a simpatia das águas. Se você mora perto das águas, leve rosas brancas, perfume e muita moeda, jogando tudo com muita fé nas águas do mar.

    CURIOSIDADES SOBRE CADA PAÍS E O ANO NOVO
    Áustria
    Os austríacos têm o hábito de jogar chumbo derretido num copo com água no momento em que o relógio soa a zero hora de um novo ano. As figuras que surgem quando o chumbo esfria são guardadas pelas pessoas como um amuleto que irá ajudar na realização dos pedidos feitos na passagem do ano.
    China
    Na China, o Ano Novo é celebrado durante seis semanas entre os meses de janeiro e fevereiro. Tradicionalmente, nesse período os chineses fazem uma bela faxina em suas casas para espantar os maus espíritos e atrair boa sorte. Na noite da véspera do novo ano, todas as luzes ficam acesas para representar calor humano, amizade e reconciliação. À meia-noite, há uma grande queima de fogos. Os chineses acreditam que o barulho do foguetório espanta os espíritos indesejáveis.
    Dinamarca
    Depois de uma ceia a base de peixes e batatas, os dinamarqueses aguardam ansiosamente pela meia-noite. Quando o relógio está prestes a soar as doze badaladas, todos na família sobem em cadeiras. Assim que dá meia-noite, pulam da cadeira para o novo ano e brindam com champanhe.
    Escócia
    Na Escócia, um dos costumes mais tradicionais da festa de Ano Novo é a de homens e mulheres que nunca se viram beijarem-se na boca. Some-se a isso o ainda mais tradicional hábito de beber uísque em toda e qualquer comemoração e está garantido um dos reveillons mais animados da Europa.
    Na Escócia, existe uma superstição bem engraçada sobre a primeira visita que se recebe no ano. Se for um homem moreno, ótimo. É um bom presságio. Se for um sujeito ruivo, a visita é considerada um mau agouro. Mas eles acreditam que azar mesmo terá aquele que abrir as portas para uma mulher.
    Ainda os escoceses: enquanto todos os países de língua inglesa chamam a festa de reveillon de New Year's Eve ("véspera de ano novo"), na Escócia a data é conhecida como Hogmanay, que vem do gaélico oge maidne ("nova manhã").
    França
    Na França, as pessoas costumam preparar ostras e diversos outros frutos do mar para a ceia de Ano Novo.
    Índia
    Na Índia, existem mais de 12 calendários religiosos. No Norte, o ano começa a Festa de Dîwâlî, no outuno. Os indianos colocam luzes por todas as partes.
    Portugal
    Uma das manias dos portugueses é sair às janelas de casas batendo panelas para festejar a chegada do novo ano. Só não convém chamá-los de "paneleiros", o mesmo que "bicha" para nós.
    Tailândia
    O Ano Novo começa na metade de abril.
    Vietnã
    Os vietnamitas comemoram o Ano Novo, que eles chamam de Tet, no dia 10 de fevereiro. Nessa data, todos acordam cedo e vão à igreja. As mulheres vestem vermelho e amarelo (porque são as cores da bandeira do país) e os homens usam roupas pretas. Na igreja, comem um bolo especial, feito com arroz, feijão e carne de porco. Depois de meia hora, são distribuídos os "envelopes vermelhos" para as crianças, cada um com 10 ou 20 dólares dentro.
    posted by iSygrun Woelundr @ 10:35 AM   0 comments
    MITOLOGIA CELTA: O CICLO DO TEMPO.

    Para Platão o Tempo não existia, visto que o Tempofazia parte, como ele dizia, do mundo do não ser, ouseja, do mundo das sensações, logo, irracional,conseqüentemente, ilusório.De forma parecida pensavam os orientais, mas nãoconsiderando o Tempo ilusório no sentido da fantasiaocidental, mas sim, produto de Maya, as elaborações eprojeções da mente.Para Aristóteles o Tempo estava intimamente ligado aouniverso, daí a ligação do Tempo com as coisas danatureza e nascendo a idéia do tempo cíclico. Asestações, dias e noites se sucedendo,... daí acircularidade do Tempo, os Mistérios da Circularidade,como dizemos na Wicca . Por isto Aristóteles dizia existir um círculo emtodas as coisas que tem movimento natural. O círculo éa idéia de perfeição dos antigos gregos e de outrasculturas, como exemplo, o oroboros.Não só os gregos, mas por aqui na Américapré-colombiana com os Maias, se acreditava nacircularidade do Tempo e na repetição da história detanto em tantos anos que eles chamavam de Lamati.Como sempre, a cultura cristã se diferenciando, aoincorporar a idéia de um Tempo linear pautada nasidéias pregadas no Zoroastrismo, da antiga Pérsia, quepor sinal, também pregou um deus único.Seja em que cultura for, em que contexto históricofor, o fato é que o Tempo sempre foi considerado algoda ordem das sensações, da mente. Seja como diziaPlatão, seja como dizia Kant. Seja como diziaParmênides, seja como dizia Hegel.A partir de Newton que o Tempo começou a seraprisionado. Dito como absoluto por existirindependente do espaço e da matéria e uniforme, portranscorrer sempre da mesma forma. O Tempomatematicamente pensado.Posteriormente, com Einstein, o Tempo começou a serpensado como algo ligado ao movimento bem como aoespaço.Os próprios relógios mecanicistas, ao marcarem ashoras, tinham seus ponteiros a se movimentar, bem comoa antiga ampulheta e sua areia se movimentando. E se omovimento está ligado ao espaço, o Tempo ao contráriodo que disse Newton, não seria independente do espaço.Formaria o que os físicos chamam de espaço-tempoquadrimensional, onde o tempo seria a distância em queum evento está em relação ao agora.Lendo estas linhas, se passou o tempo entre o primeiroparágrafo e este, ou seja, o evento (leitura doprimeiro parágrafo) ao agora, o ponto que se segue.E a Física em sua complexidade, foi dando cada vezmais ênfase ao estudo do Tempo. Tempo este queindependente de qualquer estudo, não para, como diziao poeta Cazuza.E por não parar é que mais um ano se vai... e sempre amesma história de esperanças renovadas, projetosnovos, promessas de emagrecer ou parar de fumar,enfim... um ano se vai... um novo ano vem... ao sabordo calendário, outra forma criada pelo homem paratentar organizar o Tempo. Aprisiona-lo dentro de umconjunto de números. Algo tão improvável que várioscalendários existiram.Desde os antigos egípcios com seu calendário baseadono movimento do sol e na divisão do ano baseado nosciclos da lua, até o calendário Juliano, que teve aintrodução do ano bissexto, adotado pelos romanos, eque foi adotado durante mais de 500 anos no ocidente,até ser estabelecido o calendário Gregoriano, o homemvem tentando organizar o Tempo para, dentro destaorganização, organizar sua vida.Por sinal, este calendário gregoriano, estabelecidonos fins de 1500, só foi aceito na Inglaterra duzentosanos depois, por conta de questões religiosas dosprotestantes. Ou seja, como relativo é o Tempo... Aúnica certeza é que embora existam os números, comodias, meses ou anos, o ciclo da natureza será sempre oparâmetro para se sentir e vivenciar o Tempo.Que vivenciemos, ao soar o aviso da meia-noitedo dia 31 de dezembro, em nossos corações e mentes,todas as sensações que nos trazem o passar do Tempo.As lembranças do que se passou, o momento único queestaremos vivendo e a firmeza na fé e esperança doTempo que virá, independente de se saber que o anoestará sendo rompido ao longo de 24 horas (ou próximoa isto) ao redor do mundo. Nosso romper do ano é nossoe se nele acreditarmos, de certo, um novo Temponascerá para nós.E assim como abençoada seja sempre Samhain, o limiar,abençoado seja os dias 31 de dezembro.Fernando MartinsSub Oficial da PFI Coordenação Sul Americana

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    posted by iSygrun Woelundr @ 10:33 AM   0 comments
    MITOLOGIA NÓRDICA: Usos e costumes alemães de Ano Novo

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    Fogos de artifício, carne de porco ou carpa, ferraduras, trevos de quatro folhas e o limpador de chaminés fazem parte dos usos e costumes mais tradicionais do Ano Novo alemão.

    A maioria dos costumes de Ano Novo na Alemanha vem de rituais germânicos e da Roma antiga. Beber, comer e festejar sempre fazem parte de uma festa alemã de réveillon, seja em família, ao ar livre ou num baile social. Na passagem de ano também é tradicional o badalar dos sinos. Especialmente nesta ocasião, pode-se ouvir o "Dicke Peter", o maior sino do campanário da Catedral de Colônia.
    Os fogos de artifício, para espantar os maus espíritos com muito barulho e receber o Ano Novo com muitas luzes, são um costume praticado nas ruas e parques de todo o país, seja em família ou entre vizinhos. Como não poderia deixar de ser no país das regulamentações, os fogos têm hora para começar e para terminar.
    Antigamente, eram usados guizos e chicotes para fazer barulho. Na Idade Média, os maus espíritos eram afastados com sinos, tambores e trombetas. Mais tarde, com o descobrimento da pólvora, o barulho passou a ser feito também através de tiros de morteiro e de espingarda. Esta tradição ainda é seguida no norte da Alemanha, para que as árvores tragam bons frutos no ano que se inicia.
    Um costume em extinção é o do derretimento de chumbo para adivinhar o futuro. Ele consiste em derreter o metal e deixar cair pequenas porções dele numa bacia com água. A partir da figura formada pelo metal solidificado, há os que tentam adivinhar o que irá acontecer no ano que começa.
    Simbologia dos alimentos
    A grande variedade de pratos típicos servidos no final do ano está relacionada diretamente às superstições e crendices. Quando se deseja abundância e fertilidade no ano que se aproxima, deixa-se na mesa até o dia seguinte os restos da ceia de Ano Novo


    Bildunterschrift: Tintim!

    Na lista de pratos típicos para a ocasião, aparecem as sopas de lentilhas, de ervilhas, de feijão de vagem ou até mesmo de cenoura. Segundo a crença popular, isto traz bênçãos e riqueza. Ou ainda chucrute com costelinhas de porco. Mas este prato só dá sorte se, antes de comer, a pessoa expressar o desejo de no ano seguinte dispor de tantos bens e dinheiro quantos fios de repolho estão na panela.
    Enquanto as aves estão banidas do cardápio de réveillon, pois podem voar com nossa sorte pela janela, as tradicionais vítimas são o peixe ─ mais precisamente a carpa, preparada de diversas maneiras ─ e o porco, um importante símbolo de sorte na Alemanha.
    Por ser um alimento raro antigamente, a carpa tornou-se objeto de uma crendice: para ganhar dinheiro no ano seguinte, deve-se guardar na carteira uma escama do peixe comido na ceia. Ou então espalhar suas escamas pela casa. Mas ele só trará sorte se permanecer ali todo o ano seguinte. Já as famílias mais modernas costumam servir raclete ou fondue na noite de Ano Novo.
    Também na Alemanha, são confeccionados pães e bolos para presentear no final de ano. Quando oferecidos a alguém, representam o desejo de fartura, saúde e sorte. Geralmente, trata-se de receitas comuns, de pães, bolos ou biscoitos, só que a massa recebe uma forma especial. Seja trançado ou em círculo, o produto final representa união e infinidade.


    Bildunterschrift: Großansicht des Bildes mit der Bildunterschrif Porquinhos da sorte com o desejo de boa passagem de ano (Guten Rutsch!)

    Símbolos da sorteQuem oferece ao anfitrião da festa de réveillon um porquinho de marzipã ou um vasinho com trevos de quatro folhas, lança mão de símbolos seculares, que representam desejos de sorte e fartura. Vejamos por quê:
    Porco ─ Porquinhos da sorte modernos são cor-de-rosa e de marzipã. Há muitos séculos, este animal era venerado como sagrado. Entre os germanos, o porco era símbolo de fertilidade e sinal de riqueza. Possuir um porco, significava em tempos passados estar bem abastecido.
    Limpador de chaminé ─ Na Alemanha é sinal de sorte encontrar na rua um limpador de chaminés, com suas roupas pretas e seu chapéu típico. A profissão é associada com a chaminé, o elo de ligação entre dois mundos: o céu e a terra. É seu trabalho limpar as impurezas, abrindo caminho ao ar puro. Esta limpeza tinha uma profunda importância antigamente, quando o fogo podia se alastrar rapidamente e destruir uma cidade inteira em pouco tempo.
    Trevo de quatro folhas ─ Sinal de sorte pela sua raridade. Outros tentam justificar o símbolo com a associação à cruz de Cristo. Ou ainda a cruz celta, usada para a proteção dos druidas. Pode também representar os quatro pontos cardeais ou a ligação entre os quatro elementos essenciais.
    Ferradura ─ Antigamente era um objeto de muito valor. Serve tradicionalmente para proteger as propriedades da invasão por estranhos. Todavia, a abertura tem de apontar para cima, para abocanhar a sorte que cair nela. Outra credice reza justamente o contrário: colocada com a abertura para baixo, representa a letra ômega, do alfabeto grego, símbolo de sorte.
    Cogumelo vermelho de pintinhas brancas ─ Embora impróprio para o consumo, era considerado sagrado pelos povos germânicos.
    Joaninha ─ seu nome, Marienkäfer, em alemão, tem origem no nome da mãe de Jesus. Segundo a crença popular, ele é ao mesmo tempo mensageiro divino, protetor das crianças e curador dos doentes. Nunca se pode espantá-lo e muito menos matá-lo, pois dá azar.
    Fênigue ─ antes do advento do euro, a centésima parte de um marco alemão era guardada com carinho pelos alemães, por ser símbolo de sorte. Já os antigos romanos presenteavam os deuses com moedas na passagem do ano.
    posted by iSygrun Woelundr @ 9:43 AM   0 comments
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