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  • mitologia classica: ZEUS
    quarta-feira, setembro 27, 2006
    Zeus
    Júpiter, dizem os poetas, é o pai, o rei dos deuses e dos homens; reina no Olimpo, e, com um movimento de sua cabeça, agita o universo. Ele era o filho de Réia e de Saturno que devorava a descendência à proporção que nascia. Já Vesta, sua filha mais velha, Ceres, Plutão e Netuno tinham sido devorados, quando Réia, querendo salvar o seu filho, refugiou-se em Creta, no antro de Dite, onde deu à luz, ao mesmo tempo, a Júpiter e Juno. Esta foi devorada por Saturno. O jovem Júpiter, porém, foi alimentado por Adrastéia e Ida, duas ninfas de Creta, que eram chamadas as Melissas; além disso Réia recomendou-o aos curetes, antigos habitantes do país. Entretanto, para enganar seu marido, Réia fê-lo devorar uma pedra enfaixada. As duas Melissas alimentaram Júpiter com o leite da cabra Amaltéia e com o mel do monte Ida de Creta.


    Adolescente, ele se associou à deusa Metis, isto é, a Prudência. Foi por conselho de Metis que ele fez com que Saturno tomasse uma beberagem cujo efeito foi fazê-lo vomitar, em primeiro lugar a pedra e depois os filhos que estavam no seu seio.



    Antes de tudo, com o auxílio de seus irmãos Netuno e Plutão, - Júpiter resolveu destronar seu pai e banir os Titãs, ramo rival que punha obstáculo à sua realeza. Predisse-lhe a Terra uma vitória completa, se conseguisse libertar alguns dos Titãs encarcerados por seu pai no Tártaro e os persuadir a combater por ele, coisa que empreendeu e conseguiu depois de haver matado Campe, a carcereira a quem estava confiada a guarda dos Titãs nos Infernos.


    Foi então que os Ciclopes deram a Júpiter o trovão, o relâmpago e o raio, um capacete a Plutão, e a Netuno um tridente. Com essas armas, os três irmãos venceram Saturno, expulsaram-no do trono e da sociedade dos deuses, depois de o haverem feito sofrer cruéis torturas. Os Titãs que haviam auxiliado Saturno foram precipitados nas profundidades do Tártaro, sob a guarda dos Gigantes.



    Depois dessa vitória, os três irmãos, vendo-se senhores do mundo, partilharam-no entre si: Júpiter teve o céu, Netuno o mar e Plutão os infernos. Mas à guerra dos Titãs sucedeu a revolta dos Gigantes, filhos do Céu e da Terra. De um tamanho monstruoso e de uma força proporcionada, eles tinham as pernas e os pés em forma de serpente, e alguns com braços e cinqüenta cabeças. Resolvidos a destronar Júpiter amontoaram o Ossa sobre o Pelion, e o Olimpo sobre o Ossa, desde onde tentaram escalar o céu. Lançavam contra os deuses rochedos, dos quais os que caíam no mar formavam ilhas, e montanhas os que rolavam em terra. Júpiter estava muito inquieto, porque um antigo oráculo dizia que os Gigantes seriam invencíveis, a não ser que os deuses pedissem o socorro de um mortal. Tendo proibido à Aurora, à Lua e ao Sol de descobrir os seus desígnios, ele antecipou-se à Terra que procurava proteger seus filhos; e pelo conselho de Palas, ou Minerva, fez vir Hércules que, de acordo com os outros deuses, o ajudou a exterminar os Gigantes Encelado, Polibetes, Alcioneu, Forfirion, os dois Aloidas, Efialtes e Oeto, Eurito, Clito, Titio, Palas, Hipólito, Ágrio, Taon e o terrível Tifon que, ele só, deu mais trabalho aos deuses do que todos os outros.



    Depois de os haver derrotado, Júpiter precipitou-os no fundo do Tártaro, ou, segundo outros poetas, enterrou-os vivos em países diferentes. Encelado foi enterrado sob o monte Etna. É ele cujo hálito abrasado, diz Virgílio, exala os fogos do vulcão; quando tenta voltar-se, faz tremer a Sicília, e um espesso fumo obscurece a atmosfera. Polibetes foi sepultado sob a ilha de Lango, Oeto na de Cândia, e Tifon na de Isquia.



    Segundo Hesíodo, Júpiter foi casado sete vezes; desposou sucessivamente Metis, Temis, Eurinome, Ceres, Mnemosine, Latona e Juno, sua irmã, que foi a última das suas mulheres.



    Tomou-se também de amor por um grande número de simples mortais, que umas e outras lhe deram muitos filhos, colocados entre os deuses e semideuses.


    A sua autoridade suprema, reconhecida por todos os habitantes do céu e da terra foi, no entanto, mais de uma vez contrariada por Juno, sua esposa. Ela ousou mesmo urdir contra ele uma conspiração dos deuses. Graças ao concurso de Tetis e a intervenção do terrível gigante Briareu, essa conspiração foi prontamente sufocada, e reentrou o Olimpo na eterna obediência.


    Entre as divindades, Júpiter ocupava sempre o primeiro lugar, e o seu culto era o mais solene e o mais universalmente espalhado. Os seus três mais famosos oráculos eram os de Dodona, Líbia e de Trofônio. As vítimas que mais comumente se lhe imolavam eram a cabra, a ovelha e o touro branco com os cornos dourados. Não se lhe sacrificavam vítimas humanas; muitas vezes as populações se contentavam em lhe oferecer farinha, sal e incenso. A águia, que paira no alto dos céus e fende como o raio sobre a presa, era a sua ave favorita.


    A Quinta-feira (jeudi, em francês), dia da semana, era-lhe consagrada (Jovis dies).


    Na fábula, o nome de Júpiter precede ao de muitos outros deuses, mesmo reis: Júpiter-Amon na Líbia, Júpiter-Serapis no Egito, Júpiter-Bel na Assíria, Júpiter-Apis, rei de Argos, Júpiter-Astério, rei de Creta, etc.


    Júpiter é geralmente representado sob a figura de um homem majestoso, com barba, abundante cabeleira, e sentado sobre um trono. Com a destra segura o raio que é representado ou por um tição flamejante de duas pontas ou por uma máquina pontiaguda dos dois lados e armada de duas flechas; com a mão esquerda sustém uma Vitória; a seus pés, com as asas desdobradas, descansa a águia raptora de Ganimedes. A parte superior do seu corpo está nua, e a inferior coberta.


    Esta maneira de representá-lo não era contudo uniforme. A imaginação dos artistas modificava o seu símbolo ou a sua estátua, conforme as circunstâncias e a região em que Júpiter era venerado. Os cretenses representavam-no sem orelhas, para mostrar a sua imparcialidade; em compensação, os lacedemônios davam-lhe quatro para provar que ele ouvia todas as preces. Ao lado de Júpiter vêem-se muitas vezes a Justiça, as Graças e as Horas.


    A estátua de Júpiter, por Fídias, era de ouro e marfim: o deus aparecia sentado em um trono, tendo na cabeça uma coroa de oliveira, segurando com a mão esquerda uma Vitória também de ouro e marfim, ornada de faixas e coroada. Com a outra mão empunhava um cetro, sobre cuja extremidade repousava uma águia resplandecendo ao fulgor de toda espécie de metais. O salão do deus era incrustrado de ouro e pedrarias: o marfim e o ébano davam-lhe, pelo seu contraste, uma agradável variedade. Aos quatro cantos havia quatro Vitórias que parecia se darem as mãos para dançar, e outras duas estavam aos pés de Júpiter. No ponto mais elevado do trono, sobre a cabeça do deus, estavam de um lado as Graças, do outro as Horas, uma e outras filhas de Júpiter.
    posted by iSygrun Woelundr @ 8:33 PM   0 comments
    MITOLOGIA CLASSICA: Divindades do Mar e das Águas


    Oceano

    Tetis e as Oceânidas

    Netuno (Poseidon)

    Proteu

    As Sereias



    O Oceano


    Para os antigos o Oceano primitivamente é um rio imenso que envolve o mundo terrestre. Na Mitologia é o primeiro deus das águas, filho de Urano ou do Céu e de Gaia, a Terra; é o pai de todos os seres. Homero diz que os deuses eram originários do Oceano e de Tétis. Conta o mesmo poeta que os deuses iam muitas vezes à Etiópia visitar o Oceano e tomar parte nas festas e sacrifícios que ali se celebravam. Conta-se enfim que Juno, desde o seu nascimento, foi por sua mãe Réia confiada aos cuidados de Oceano e de Tétis, para livrá-la da cruel voracidade de Saturno.


    O Oceano é pois tão antigo como o mundo. Por isso representam-no sob a forma de um velho, sentado sobre as ondas, com uma lança na mão e um monstro marinho ao seu lado. Esse velho segura uma urna e despeja água, símbolo do mar, dos rios e das fontes.


    Como sacrifício ofereciam-lhe geralmente grandes vítimas, e antes das expedições difíceis, faziam-se-lhe libações. Era não somente venerado pelos homens, mas também pelos deuses. Nas Geórgicas de Virgílio, a ninfa Cirene, ao palácio do Peneu, na fonte desse rio, oferece um sacrifício ao Oceano; três vezes seguidas, ela deita o vinho sobre o fogo do altar, e três vezes a chama ressalta até a abóbada do palácio, presságio tranqüilizador para a ninfa e seu filho Aristeu.

    Tetis e as Oceânidas


    Tetis, filha do Céu e da Terra, casou com o Oceano, seu irmão, e foi mãe de três mil ninfas chamadas Oceânidas. Dão-lhe ainda como filhos, não somente os rios e as fontes, mas também Proteu, Etra, mãe de Atlas, Persa, mãe de Circeu, etc. Conta-se que Júpiter, tendo sido amarrado e preso pelos outros deuses, Tetis pô-lo em liberdade, com auxílio do gigante Egeon.


    Ela se chamava Tetis, palavra que em grego significa "ama, nutriz", sem dúvida porque é a deusa da água, matéria-prima que, segundo uma crença antiga, entra na formação de todos os corpos.


    O carro dessa deusa é uma concha de maravilhosa forma e de uma brancura de marfim nacarado. Quando percorre o seu império, esse carro, tirado por cavalos-marinhos mais brancos do que a neve, parece voar, à superfície das águas. Ao redor dela, os delfins, brincando, saltam no mar; Tetis é acompanhada pelos Tritões que tocam trombeta com as suas conchas recurvas, e pelas Oceânidas coroadas de flores, e cuja cabeleira esvoaça pelas espáduas, ao capricho dos ventos.


    Tetis, deusa do mar, esposa de Oceano, não deve ser confundida com Tetis, filha de Nereu e mãe de Aquiles.

    Netuno (Poseidon)


    Netuno ou Poseidon, filho de Saturno e de Réia, era irmão de Júpiter e de Plutão. Logo que nasceu, Réia o escondeu em um aprisco da Arcádia, e fez Saturno acreditar ter ela dado à luz a um potro que lhe deu para devorar. Na partilha que os três irmãos fizeram do Universo ele teve por quinhão o mar, as ilhas, e todas as ribeiras.


    Quando Júpiter, seu irmão, a quem sempre serviu com toda a fidelidade, venceu os Titãs, seus terríveis competidores, Netuno encarcerou-os no Inferno, impedindo-os de tentar novas empresas. Ele os mantém por trás do recinto inexpugnável formado por suas ondas e rochedos.


    Netuno governa o seu império com uma calma imperturbável. Do fundo do mar em que está sua tranqüila morada, sabe tudo quanto se passa na superfície das ondas. Se por acaso os ventos impetuosos espalham inconsideradamente as vagas sobre as praias, causando injustos naufrágios, Netuno aparece, e com a sua nobre serenidade faz reentrar as águas no seu leito, abre canais através dos baixios, levanta com o tridente os navios presos nos rochedos ou encalhados nos bancos de areia, - em uma palavra, restabelece toda a desordem das tempestades.


    Teve como mulher Anfitrite, filha de Doris e de Nereu. Essa ninfa recusara antes desposar Netuno, e se escondeu para esquivar-se às suas perseguições. Mas um delfim, encarregado dos interesses de Netuno, encontrou-a ao pé do monte Atlas, e persuadiu-a que devia aceitar o pedido do deus; como recompensa foi colocada entre os astros. De Netuno ela teve um filho chamado Tritão, e muitas ninfas marinhas; diz-se também que foi a mãe dos Ciclopes.


    O ruído do mar, a sua profundidade misteriosa, o seu poder, a severidade de Netuno que abala o mundo, quando com o tridente ergue os enormes rochedos, inspiram à humanidade um sentimento mais de receio do que de simpatia e amor. O deus parecia dar por isso, todas as vezes que se apaixonava de uma divindade ou de um simples mortal. Recorria então à metamorfose; mas mesmo assim, na maior parte das vezes, conservava o seu caráter de força e impetuosidade.


    Representam-no mudado em touro, nos seus amores com a filha de Éolo; sob a forma de rio Enipeu, quando fazia Ifiomédia mãe de Ifialto e de Oto; sob a de um carneiro, para seduzir Bisaltis, como cavalo para enganar Ceres, enfim, como um grande pássaro nos amores com Medusa, e como um delfim quando se apaixonou por Melanto.

    A

    sua famosa discórdia com Minerva, por causa da posse de Ática, é uma alegoria transparente em que os doze grandes deuses, tomados como árbitros, indicam a Atenas os seus destinos. Esse deus teve ainda uma desavença com Juno por causa de Micenas e com o Sol por causa de Corinto.


    Quer a fábula de Netuno, expulso do céu com Apolo, por haver conspirado contra Júpiter, tenha construído as muralhas de Tróia, e que defraudado no seu salário, se tenha vingado da perfídia de Laomedonte destruindo os muros da cidade.


    Netuno era um dos deuses mais venerados na Grécia e na Itália, onde possuía grande número de templos, sobretudo nas vizinhanças do mar; tinha também as suas festas e os seus espetáculos solenes, sendo que os do istmo de Corinto e os do Circo de Roma eram-lhe especialmente consagrados sob o nome de Hípio. Independente das Saturnais, festas que se celebravam no mês de julho, os romanos consagravam a Netuno todo o mês de fevereiro.


    Perto do istmo de Corinto, Netuno e Anfitrite tinham as suas estátuas no mesmo templo, não longe uma da outra; a de Netuno era de bronze e media doze pés e meio de altura. Na ilha de Tenos, uma das Ciclades, tinha Anfitrite uma estátua colossal da altura de nove cúbitos. O deus do mar tinha sob a sua proteção os cavalos e os navegantes. Além das vítimas ordinárias e das libações em sua honra, os arúspices ofereciam-lhe particularmente o fel da vítima porque o amargor convinha às águas do mar.


    Netuno é geralmente representado nu, com uma longa barba, e o tridente na mão, ora sentado, ora em pé sobre as ondas; muitas vezes; em um carro tirado por dois ou quatro cavalos, comuns ou marinhos, cuja parte inferior do corpo termina em cauda de peixe.

    Proteu


    Proteu, deus marinho, era filho de Oceano e de Tetis ou, segundo uma outra tradição, de Netuno e de Fênice. Segundo os gregos, a sua pátria é Palene, cidade da Macedônia. Dois dos seus filhos, Tmolos e Telégono, eram gigantes, monstros de crueldade. Não tendo podido chamá-los ao sentimento da humanidade, tomou o partido de retirar-se para o Egito, com o socorro de Netuno, que lhe abriu uma passagem sob o mar. Também teve filhas, entre as quais as ninfas Eidotéia, que apareceu a Menelau, quando voltando de Tróia esse herói foi levado por ventos contrários aobre a costa do Egito, e lhe ensinou o que devia fazer para saber de Proteu os meios de regressar à pátria.


    Proteu guardava os rebanhos de Netuno, isto é, grandes peixes e focas. Para o recompensar dos trabalhos que com isso tinha. Netuno deu-lhe o conhecimento do passado, do presente e do futuro. Mas não era fácil abordá-lo, e ele se recusava a todos que vinham consultá-lo.


    Eidotéia disse a Menelau que, para decidi-lo a falar, era preciso surpreendê-lo durante o sono, e amarrá-lo de maneira que não pudesse escapar, pois ele tomava todas as formas para espantar os que se aproximavam: a de leão, dragão, leopardo, javali; algumas vezes se metamorfoseava em árvore, em água e mesmo em fogo; mas se se perseverava em conservá-lo bem ligado, retomava a primitiva forma e respondia a todas as perguntas que se lhe fizessem.


    Menelau seguiu ponto por ponto as instruções da ninfa. Com três dos seus companheiros, entrou de manhã, nas grutas em que Proteu costumava ir ao meio-dia descansar, juntamente com os rebanhos. Apenas Proteu fechou os olhos e tomou uma posição cômoda para dormir. Menelau e os seus três companheiros se atiraram sobre ele e o apertaram fortemente entre os braços. Era inútil metamorfosear-se: a cada forma que tomava, apertavam-no com mais força. Quando enfim esgotou todas as suas astúcias Proteu voltou à forma ordinária, e deu a Menelau os esclarecimentos que este pedia.


    No quarto livro das Geórgicas, Virgílio, imitando Homero, conta que o pastor Aristeu, depois de haver perdido todas as suas abelhas, foi a conselho de Cirene, sua mãe, consultar Proteu sobre os meios de reparar os enxames, e para lhe falar, recorreu aos mesmos artifícios.

    As Sereias


    Quando, por uma noite calma de primavera ou de outono, o marinheiro deixa vogar docemente o barco perto das margens, nas paragens semeadas de rochedos ou de escolhos, ouve ao longe, no marulho das ondas, o gorjeio das aves marinhas. Esse gorjeio, entrecortado, às vezes, por gritos estridentes e zombeteiros, sobe aos ares e passa invisível com um estranho síbilo de asas, por cima da cabeça do marinheiro atento, dando-lhe a ilusão de um concerto de vozes humanas. A sua imaginação então lhe representa grupos de mulheres ou de raparigas que se divertem e procuram desviá-lo do seu caminho. Desgraçado dele se se aproxima do lugar em que a voz parece mais clara, isto é, dos rochedos à flor d'água onde, para as aves marinhas, a pesca é frutuosa; infalivelmente o seu barco se quebrará e se perderá entre os escolhos.



    Tal é, sem dúvida, a origem da fábula das Sereias; mas a imaginação dos poetas criou-lhes uma lenda maravilhosa.


    Elas eram filhas do rio Aqueló e da musa Calíope. Ordinariamente contam-se três: Parténope, Leucósia e Lígea, nomes gregos que evocam as idéias de candura, de brancura e de harmonia. Outros dão-lhes os nomes de Aglaufone, Telxieme e Pisinoe, denominações que exprimem a doçura da sua voz e o encanto das suas palavras.


    Conta-se que no tempo do rapto de Prosérpina, as Sereias foram à terra de Apolo, isto é, a Sicília, e que Ceres, para puni-las por não haverem socorrido a sua filha, mudou-as em aves.


    Ovídio, ao contrário, diz que as Sereias, desoladas com o rapto de Prosérpina, pediram aos deuses que lhes dessem asas para que fossem procurar a sua jovem companheira por toda a terra. Habitavam rochedos escarpados sobre as margens do mar, entre a ilha de Capri e a costa de Itália.


    O oráculo predissera às Sereias que elas viveriam tanto tempo quanto pudessem deter os navegantes à sua passagem; mas desde que um só passasse sem para sempre ficar preso ao encanto das suas vozes e das suas palavras, elas morreriam. Por isso essas feiticeiras, sempre em vigília, não deixavam de deter pela sua harmonia todos os que chegavam perto delas e que cometiam a imprudência de escutar os seus cantos. Elas tão bem os encantavam e os seduziam que eles não pensavam mais no seu país, na sua família, em si mesmos; esqueciam de beber e de comer, e morriam por falta de alimento. A costa vizinha estava toda branca dos ossos daqueles que assim haviam perecido.


    Entretanto, quando os Argonautas passaram nas suas paragens, elas fizeram vãos esforços para atraí-los. Orfeu, que estava embarcado no navio, tomou a sua lira e as encantou a tal ponto que elas emudeceram e atiraram os instrumentos ao mar.


    Ulisses, obrigado a passar com o seu navio adiante das Sereias, mas advertido por Circe, tapou com cera as orelhas de todos os seus companheiros, e se fez amarrar, de pés e mãos, a um mastro. Além disso, proibiu que o desligassem se, por acaso, ouvindo a voz da Sereias, ele exprimisse o desejo de parar. Não foram inúteis essas precauções. Ulisses, mal ouviu as suas doces palavras e as suas promessas sedutoras, apesar do aviso que recebera e da certeza de morrer, deu ordem aos companheiros que o soltassem, o que felizmente eles não fizeram. As Sereias, não tendo podido deter Ulisses, precipitaram-se no mar, e as pequenas ilhas rochosas que habitavam, defronte do promontório da Lucárnia foram chamadas Sirenusas.


    As Sereias são representadas ora com cabeça de mulher e corpo de pássaro, ora com todo o busto feminino e a forma de ave, da cintura até os pés. Nas mãos têm instrumentos: uma empunha uma lira, outra duas flautas, e a terceira gaitas campestres ou um rolo de música, como para cantar. Também pintam-nas com um espelho. Não há nem um autor antigo que nos tenha representado as Sereias como mulheres-peixe. Como muita gente atualmente as representam.


    Pausânias conta ainda uma fábula sobre as Sereias: "As filhas de Aqueló, diz ele, encorajadas por Juno, pretenderam a glória de cantar melhor do que as Musas, e ousaram fazer-lhes um desafio, mas as Musas, tendo-as vencido, arrancaram-lhes as penas das asas, e com elas fizeram coroas." Com efeito, existem antigos monumentos que representam as Musas com uma pena na cabeça. Apesar de temíveis ou perigosas, as Sereias não deixaram de participar das honras divinas; tinham um templo perto de Sorrento.
    posted by iSygrun Woelundr @ 8:31 PM   0 comments
    MITOLOGIA CLASSICA: Apolo

    apolo e jacinto


    Nascimento de Apolo e Diana

    Latona e a Serpente Pitão

    Os Camponeses Carianos

    O Tipo de Apolo

    Delfos, Centro do Mundo

    A Disputa do Tripé

    O Oráculo de Delfos


    Nascimento de Apolo e Diana


    Apolo e Diana são filhos de Júpiter e de Latona, personificação da Noite, divindade poderosa cuja união com Júpiter produziu o Universo. Segundo a tradição, Latona vê-se, em seguida, relegada ao segundo lugar e quase não aparece na mitologia a não ser como vítima de Juno. A Terra, por instigação de Juno, quis impedi-la de achar lugar onde pudesse dar à luz os filhos que trazia no seio. Entretanto, Netuno, vendo que a infeliz deusa não encontrava abrigo onde quer que fosse, comoveu-se e fez sair do mar a ilha de Delos. Sendo essa ilha, a princípio, flutuante, não pertencia à Terra, que assim não pôde nela exercer a sua funesta ação.


    Delos, diz o hino homérico, rejubilou-se com o nascimento do deus que atira os seus dardos para longe. Durante nove dias e nove noites, foi Latona dilacerada pelas cruéis dores do parto. Todas as deusas, as mais ilustres, reúnem-se-lhe em torno. Dionéia, Réa, Têmis que persegue os culpados, a gemedora Anfitrite, todas, exceto Juno dos braços de alabastro, que ficou no palácio do formidando Júpiter. Entretanto, somente Ilitia, deusa dos partos, é que ignorava a nova; achava-se sentada no topo do Olimpo, numa nuvem de ouro, retida pelos conselhos de Juno, que sofria um ciúme furioso, porque Latona dos cabelos formosos iria certamente dar à luz um filho poderoso e perfeito.


    Então, a fim de levarem Ilitia, as demais deusas enviaram de Delos a ligeira Íris, prometendo-lhe um colar de fios de ouro, com nove cúbitos de comprimento. Recomendam-lhe sobretudo que a advirta, à revelia de Juno, de medo que esta a detenha com as suas palavras. Íris, rápida como os ventos, mal recebe a ordem, parte e cruza o espaço num instante.


    Chegada à mansão dos deuses no topo do Olimpo, Íris persuadiu Ilitia, e ambas voam como tímidas pombas. Quando a deusa que preside aos partos chegou a Delos, Latona experimentava as mais vivas dores. Prestes a dar à luz, abraçava uma palmeira e os joelhos apertavam a relva mole. Em breve nasce o deus; todas as deusas dão um grito religioso. Imediatamente, divino Febo, elas te lavam castamente, purificam-te em límpida água e te envolvem num véu branco, tecido delicado, que elas cingem com um cinto de ouro. Latona não aleitou Apolo de gládio resplendente. Têmis, com as suas imortais mãos, oferece-lhe o néctar e a divina ambrósia. Latona alegrou-se enormemente por ter gerado o valoroso filho que empunha um temível arco.


    Apolo e Diana nasceram, pois, em Delos, e é por isso que Apolo se chama, freqüentemente, o deus de Delos.

    Latona e a Serpente Pitão


    Entretanto Juno, não conseguindo perdoar à rival ter sido amada por Júpiter, instigou contra ela um monstruoso dragão, filho da Terra, chamado Delfíneo ou Pitão, que fora incumbido da guarda dos oráculos da Terra, perto da fonte de Castalia. Obedecendo às sugestões de Juno, Pitão perseguia sem cessar a infeliz deusa, que escapava da sua presença apertando entre os braços os filhos. Num vaso antigo, vemo-lo sob a forma de uma longa serpente que ergue a cabeça, desenrolando o corpo, e persegue Latona. A deusa teme, enquanto os filhos, que não percebem o perigo, estendem os bracinhos para o monstro.

    Os Camponeses Carianos


    Quando Latona, perseguida pela implacável Juno, fugia com os dois filhos ao colo, chegou à Caria. Num dia de intenso calor, deteve-se aniquilada pela sede e pelo cansaço às margens de um tanque do qual não ousava aproximar-se. Mas alguns camponeses ocupados em arrancar caniços impediram-na de beber, expulsando-a brutalmente. A infeliz Latona rogou-lhes, em nome dos filhinhos, que lhe permitissem sorver umas gotas de água, mas eles a ameaçaram se não afastasse quanto antes, e turvaram as águas com os pés e as mãos, a fim de que a lama revolvida aparecesse à tona. A cólera de que Latona se sentiu possuída fez com que se esquecesse da sede, e lembrando-se de que era deusa: "Pois bem, disse-lhes, erguendo as mãos ao céu, ficareis para sempre neste tanque". O efeito seguiu de perto a ameaça, e aqueles desalmados se viram transformados em rãs. Desde então, não cessam de coaxar com voz rouca e de chafurdar na lama. Alguns lobos, mais humanos que os camponeses, conduziram-na às margens do Xanto, e Latona pôde fazer as suas abluções nesse rio, que foi consagrado a Apolo. Rubens, no museu de Munich e Albane no Louvre possuem quadros em que vemos Latona e os filhos na presença dos camponeses de Caria, que a repelem e se transformam em rãs. Na fonte de Latona, em Versalhes, Balthazar Marsy representou a deusa, com os dois meninos, implorando a vingança do céu contra os insultos dos camponeses. Cá e lá, rãs, lagartos, tartarugas, camponeses e camponesas cuja metamorfose se inicia, lançam contra Latona jatos de água que se cruzam em todos os sentidos.

    O Tipo de Apolo


    Esplendente é o epíteto que se dá a Apolo, considerado deus solar. Apolo atira ao longe as suas setas, porque o sol dardeja ao longe os seus raios. É o deus profeta, porque o sol ilumina na sua frente e vê, por conseguinte, o que vai suceder; é o condutor das Musas e o deus da inspiração, porque o sol preside às harmonias da natureza; é o deus da medicina, porque o sol cura os doentes com o seu benéfico calor.


    Apolo, o Sol, o mais belo dos poderes celestes, o vencedor das trevas e das forças maléficas, tem sido representado pela arte sob vários aspectos. Nos tempos primitivos, um pilar cônico, colocado nas grandes estradas, bastava para lembrar o poder tutelar do deus. Quando nele se pendem as armas, é o deus vingador que premia e castiga; quando nele se pendura uma cítara, torna-se o deus cujos harmoniosos acordes devolvem a calma à alma agitada.


    O Apolo de Amicleu, reproduzido em medalhas, pode dar uma idéia do que eram, na época arcaica, as primeiras imagens do deus, sensivelmente afastadas do tipo que a arte adotou mais tarde. Em bronzes de data menos antiga, mas ainda anteriores à grande época. Apolo está representado com formas mais vigorosas do que elegantes, e os anéis achatados da sua cabeleira o aproximam um pouco das figuras de Mercúrio.


    No tipo que tem dominado, Apolo usa cabelos longuíssimos, separados por uma risca no meio da cabeça e afastados de cada lado da testa. Às vezes, eles se prendem atrás, na nuca, mas, outras, flutuam. Vários bustos e moedas nos mostram tais diferentes aspectos.


    Apolo é sempre representado jovem e emberbe, porque o sol não envelhece. Algumas das suas estátuas o mostram até com os caracteres da adolescência, por exemplo o Apollino de Florença. No Apolo Sauróctone, o jovem deus está acompanhado de um lagarto, que ele sem dúvida acaba de excitar com a flecha para o arrancar ao torpor e obrigá-lo a caminhar. Apolo, sem caráter, é considerado o sol nascente, ou o sol da primavera, porque a presença do lagarto coincide com os seus primeiros raios.


    O grifo é um animal fantástico, que vemos freqüentemente perto da imagem do deus ou atrelado ao seu carro. Tem a cabeça e as asas de águia, com corpo, patas e cauda de leão. Os grifos têm por missão guardar os tesouros que as entranhas da terra ocultam, e é para obter o ouro de que são detentores, que os Arimaspes lutam constantemente contra eles. Os combates constituem o tema de grandíssimo número de representações, principalmente em terracotas ou em vasos. Os Arimaspes são guerreiros fabulosos, que usam vestes análogas às das amazonas.

    Delfos, Centro do Mundo


    O sol vê antes dos homens porque produz a luz com os seus raios; é por isso que prevê o futuro e pode revelá-lo aos homens. Esse caráter profético é um dos atributos essenciais de Apolo; dá os seus oráculos no templo de Delfos, situado no centro do mundo. Ninguém duvida de tal fato, porque tendo Júpiter soltado duas pombas nas duas extremidades da terra, elas voltaram a encontrar-se justamente no ponto em que está o altar de Apolo. Assim, em vários vasos, vemos Apolo sentado no omphalos (o umbigo da terra), de onde dá os oráculos.


    Delfos chama-se também às vezes Pito, do nome da serpente Pitão, que ali foi morta por Apolo.


    Apolo, provido de temíveis setas, quis experimentá-las ferindo o perseguidor da sua mãe. Mal o monstro se sente atingido, é presa das mais vivas dores e, respirando com esforço, rola sobre a areia, assobia espantosamente, torce-se em todas as direções, atira-se ao meio da floresta e morre exalando o hálito empestado.


    Apolo contentíssimo com o triunfo, exclama: "Que o teu corpo seco apodreça nesta terra fértil; não serás mais o flagelo dos mortais que se nutrem dos frutos da terra fecunda, e eles virão imolar-me aqui magníficas hecatombes; nem Tifeu, nem a odiosa Quimera poderão arrancar-te à morte; a terra e o sol no seu curso celeste farão apodrecer aqui o teu cadáver." (Hino homérico).


    Aquecidos pelos raios do sol, o monstro começa a apodrecer. Foi assim que aquela região tomou o nome de Pito: os habitantes deram ao deus o nome de Pítio, porque em tais lugares o sol, os seus raios devoradores, decompôs o terrível monstro.


    Segundo as narrações dos poetas, o fato deve ter-se verificado quando Apolo era ainda adolescente, mas o crescimento dos deuses não está submetido às mesmas leis que o dos homens, e quando os escultores representam a vitória de Apolo, mostram o deus com as feições de um jovem que já atingiu a plenitude da força. É o que se nos depara numa das maiores obras-primas da escultura antiga, o Apolo do Belvedere. Essa estátua, de mármore de Luni, foi descoberta no fim do século quinze, perto de Capo d'Anzo, outrora Antium, e, adquirida pelo papa Júlio II, então cardeal em vésperas de ser eleito para o pontificado, mandou ele a colocassem nos jardins do Belvedere.


    Todas as fórmulas da admiração foram esgotadas diante do Apolo do Belvedere, e a estátua, desde que se tornou conhecida, não deixou de provocar o entusiasmo dos artistas.

    A Disputa do Tripé


    Apolo, após matar a serpente Pitão, envolveu o tripé com a pele do monstro que, antes dele, possuía o oráculo. Uma medalha de Crotona nos mostra o tripé entre Apolo e a serpente: o deus dispara a seta contra o inimigo. Foi por ocasião dessa vitória que Apolo institui os jogos pítios.


    Uma vivíssima disputa, freqüentemente representada nos baixos-relevos da época arcaica, verificou-se entre Apolo e Hércules em torno do famoso tripé. Hércules consulta Pítia em circunstância na qual esta se recusara a responder. O herói, enfurecido, apoderou-se do tripé, que Apolo resolveu imediatamente reconquistar. Foi tão viva a luta entre os dois combatentes que Júpiter se viu obrigado a intervir mediante o raio.


    O tripé de Apolo foi freqüentemente representado na arte antiga, e restam-nos monumentos em que vemos até que ponto se unia o bom gosto à riqueza na escultura ornamental dos antigos.

    O Oráculo de Delfos


    O oráculo de Apolo, em Delfos, era o mais famoso da Grécia. Foi o acaso que levou ao descobrimento do lugar em que deveria erguer-se o santuário. Umas cabras errantes nos rochedos do Parnaso, aproximando-se de um buraco do qual saíam exalações malignas, foram tomadas de convulsões. Acorrendo à notícia daquele prodígio, os habitantes da vizinhança quiseram respirar as mesmas exalações e experimentar os mesmos efeitos, uma espécie de loucura misto de contorções e brados, e seguida de dom de profecia. Tendo-se alguns frenéticos atirado ao abismo de onde proviam os vapores proféticos, colocou-se sobre o buraco uma máquina chamada tripé, por três pés sobre os quais pousava, e escolheu-se uma mulher para a ele subir e poder, sem risco, receber a embriagadora exalação.


    Na origem, a resposta do deus, tal qual a davam os sacerdotes, era sempre formulada em versos; mas tendo tido um filósofo a idéia de perguntar porque o deus da poesia se exprimia em maus versos, a ironia foi repetida por todos, e o deus passou a falar somente em prosa, o que lhe aumentou o prestígio.


    A crença de que o futuro pudesse ser predito de maneira certa pelos oráculos, desenvolveu singularmente na antigüidade a idéia da fatalidade, que em nenhuma parte transparece tão nitidamente como na lenda de Édipo; os seus esforços não conseguem livrá-lo à sentença que lhe foi anunciada pelo oráculo, e tudo quanto ele faz para evitar o destino só lhe acelera os inclementes decretos.

    Apolo (gr. Απόλλων) é um deus na mitologia grega (Febo na mitologia romana), filho de Zeus e Leto, e irmão gémeo de Artemis (deusa da caça). Numa época mais tardia foi identificado com Hélios, deus do sol, pois era, antes, o deus da luz, e, por arrastamento, a sua irmã foi identificada com Selene, deusa da lua. Mais tarde ainda, foi conhecido primordialmente como uma divindade solar. Na mitologia etrusca, foi conhecido como Aplu. Ao seu nome acrescenta-se, por vezes, epítetos relacionados com os locais onde era venerado, como o título de "Abeu" (de "Abas"), como era conhecido em Chipre.

    Mas o seu culto estendia-se muito para além do culto solar. Apolo é também o deus da cura e das doenças, pai de Asclépio, ou Esculápio, venerado junto com este em grandes templos-hospitais, onde se curavam várias doenças, sobretudo através do sono. É ainda o deus da profecia. Inúmeros oráculos eram-lhe atribuídos, sendo o mais famoso e Oráculo de Delfos, o mais importante de toda a antiguidade que era visitado por inúmeros visitantes, alguns dos quais nem eram gregos. Como deus da música Apolo era representado tocando a sua lira, e é o líder das Musas.

    Zeus, seu pai, presenteou-o com arco e flechas de ouro, além de uma lira do mesmo material (sua irmã Ártemis ganhou os mesmos presentes, porém de prata). Todos eram obra de Hefesto, o Deus do fogo e das forjas. - Algumas versões dizem que Apolo ganhou a lira como um presente de Hermes.

    Outra faceta deste deus é a sua parte mais violenta, quando ele usa o arco, para disparar dardos letais que matam os homens com doenças ou mortes súbitas. Ainda assumindo este lado mais negro, Apolo é o deus das pragas de ratos e dos lobos, que atormentavam muitas vezes os gregos.

    Finalmente, Apolo é o deus dos jovens rapazes, ajudando na transição para a idade adulta. Assim, ele é sempre representado como um jovem, frequentemente nu, para simbolizar a pureza e a perfeição, já que ele é também o deus destes dois atributos.

    A árvore mais sagrada para Apolo é o loureiro. Crê-se que alguns sacerdotes mastigavam loureiro para dizerem as profecias, outros usavam ramos de loureiro para salpicar o templo na purificação, ou para purificar a água com o fogo. As coroas de louro eram muitas vezes oferecidas a alguém que tinha conseguido algo extraordinário, superando-se a si mesmo, na procura da arete, o ideal grego simbolizado por este jovem deus.

    Apolo participa em diversos mitos, incluindo a famosa Guerra de Tróia, onde está do lado dos troianos, dizimando os aqueus com praga quando estes ofendem o seu sacerdote troiano, e acabando por matar Aquiles. A maioria dos mitos que dizem respeito a Apolo falam dos seus inúmeros amores, sendo os mais famosos Dafne, uma ninfa que foi transformada em loureiro (daí a sacralidade da árvore para Apolo), Jacinto, que se transformou na flor com o mesmo nome, e Ciparisso, o qual se transformou em Cipreste. Nestes mitos amorosos, Apolo nunca tem sorte, e existe um mito que conta que isto se deve ao facto de ele se gabar de ser o melhor arqueiro entre os deuses, o que faz com que Eros, deus do amor, sinta inveja.

    Ao deus Apolo é tradicionalmente consagrado o dia 22 de Janeiro.
    posted by iSygrun Woelundr @ 8:09 PM   0 comments
    MITOLOGIA CLASSICA: Héstia


    Héstia, deusa da lareira. Da mesma família etimológica que o latim Vesta (Vesta), cuja fonte é o indo-europeu wes, "queimar", "passar pelo fogo, consumir". Héstia é a lareira em sentido estritamente religioso ou, mais precisamente, é a personificação da lareira colocada no centro do altar; depois, sucessivamente, da lareira localizada no meio da habitação, da lareira da cidade, da lareira da Grécia; da lareira como fogo central da terra; enfim, da lareira do universo. E, embora Homero lhe ignore o nome, Héstia certamente prolonga um culto pré-helênico do lar.
    Se bem que muito cortejada por Apolo e Posídon, obteve de Zeus a prerrogativa de guardar para sempre a virgindade. Foi ininterruptamente cumulada de honras excepcionais, não só por parte de seu irmão caçula, mas de todas as divindades, tornando-se a única deusa a receber um culto em todas as casas dos homens e nos templos de todos os deuses. Enquanto os outros Imortais viviam num vaivém constante, Héstia manteve-se sedentária, imóvel no Olimpo. Assim como o fogo doméstico é o centro religioso do lar dos homens, Héstia é o centro religioso do lar dos deuses. Essa imobilidade, todavia, fez que a deusa da lareira não desempenhasse papel algum no mito. Héstia permaneceu sempre mais como um princípio abstrato, a Idéia da lareira, do que como uma divindade pessoal, o que explica não ser a grande deusa necessariamente representada por imagem, uma vez que o fogo era suficiente para simbolizá-la.
    Personificação do fogo sagrado, a deusa preside à conclusão de qualquer ato ou acontecimento. Ávida de pureza, ela assegura a vida nutriente, sem ser ela própria fecundante. É preciso observar, além do mais, que toda realização, toda prosperidade, toda vitória são colocadas sob o signo desta pureza absoluta. Héstia, como Vesta e suas dez Vestais, talvez simbolizem o sacrifício permanente, através do qual uma perpétua inocência serve de elemento substitutivo ou até mesmo de respaldo às faltas perpétuas dos homens, granjeando-lhes êxito e proteção.
    Quanto ao fogo propriamente dito, a maior parte dos aspectos de seu simbolismo será sintetizada no hinduísmo, que lhe confere uma importância fundamental. Agni, Indra e Sûrya são as "chamas" do nível telúrico, do intermediário e celestial, quer dizer, o fogo comum, o raio e o sol. Existem ainda dois outros: o fogo da penetração ou absorção (Vaishvanara) e o da destruição, que é um outro aspecto do próprio Agni.
    Consoante o I Ching, o fogo correspondente ao sul, à cor vermelha, ao verão, ao coração, uma vez que ele, sob este último aspecto, ora simboliza as paixões, particularmente o amor e o ódio, ora configura o espírito ou o conhecimento intuitivo. A significação sobrenatural se estende das almas errantes, o fogo-fátuo, até o Espírito divino: Brahma é idêntico ao fogo (Gîtâ, 4,25).
    O simbolismo das chamas purificadoras e regeneradoras se desdobra do Ocidente aos confins do Oriente. A liturgia católica do fogo novo é celebrada na noite de Páscoa. O divino Espírito Santo desceu sobre os Apóstolos sob a forma de línguas de fogo. Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, o fogo é elemento que purifica e limpa, tornando-se, destarte, o veículo que separa o puro do impuro, destruindo eventualmente este último. Por isso mesmo, o fogo é apresentado como instrumento de punição e juízo de Deus (Sl 50,3; Mc 9,49; Tg 5,3; Ap 8,9). Cristo fala de um fogo que não se apagará (Mt 5,32; 18,8; 25,41). Deus será como um fogo distinguindo o bom do menos bom (Sl 17,3; 1Cor 3,15). Sua força, que tudo penetra, purifica também: nesse sentido é que o batismo de Jesus havia de agir como fogo (Mt 3,11).

    Os taoístas penetram nas chamas para se liberar do condicionamento humano, uma verdadeira apoteose, como a de Héracles, que, para se despir do invólucro mortal, subiu a uma fogueira no monte Eta. Mas há os que, como os mesmos taoístas, entram nas chamas sem se queimar, o que faz lembrar o fogo que não queima do hermetismo ocidental, ablução, purificação alquímica, fogo este que é simbolizado pela Salamandra.
    O fogo sacrificial do hinduísmo é substituído por Buda pelo fogo interior, que é simultaneamente conhecimento penetrante, iluminação e destruição do invólucro carnal. O aspecto destruidor do fogo comporta igualmente uma relação negativa e o domínio do fogo é também uma função diabólica. Observe-se, a propósito, a forja: seu fogo é, ao mesmo tempo, celeste e subterrâneo, instrumento de demiurgo e de demônio. A grande queda de nível é a de Lúcifer, "o que leva a luz celeste", precipitado nas fornalhas do inferno: um fogo que brilha sem consumir, mas exclui para sempre toda e qualquer possibilidade de regeneração.
    Em muitas culturas primitivas, os inumeráveis ritos de purificação, as mais das vezes, ritos de passagem, são característicos de culturas agrárias. Configuram certamente os incêndios dos campos, que se revestem, em seguida, de um tapete verde de natureza viva. Entre os gauleses, os sacerdotes druidas faziam grandes fogaréus e por eles faziam passar o rebanho para preservá-lo de epidemias. O grande político e excepcional escritor Caio Júlio César (100-44 a.C.) nos fala, no B. Gal., 6, 16, 9, de gigantescos manequins, confeccionados de vime, que os mesmos druidas enchiam de homens e animais e transformavam em fogueira.
    O Fogo, nos ritos iniciáticos de morte e renascimento, associa-se a seu princípio contrário, a Água. Os chamados Gêmeos de Popol-Vuh do mito maia, após sua incineração, renascem de um rio, onde suas cinzas foram lançadas.
    Mais tarde, os dois heróis tornam-se o novo Sol e a nova Lua, Maia-Quiché, efetuando uma nova diferenciação dos princípios antagônicos, fogo e água, que lhes presidiram à morte e ao renascimento. Desse modo, a purificação pelo fogo é complementar da purificação pela água, tanto num plano microcósmico (ritos iniciáticos), quanto num aspecto macrocósmico (mitos alternados de dilúvios, grandes secas ou incêndios). Para os astecas, o fogo terrestre, ctônio, representa a força profunda que permite a complexio oppositorum, a união dos contrários, a ascensão, a sublimação da água em nuvens, isto é, a transformação da água terrestre, água impura, em água celestial, água pura e divina. O fogo é, pois, o motor, o grande responsável pela regeneração periódica. Para os bambaras o fogo ctônio configura a sabedoria humana e o urânico, a sabedoria divina.
    Quanto à significação sexual do fogo, é preciso observar que ela está intimamente ligada à primeira técnica de obtenção do mesmo pela fricção, pelo atrito, pelo vaivém, imagem do ato sexual, enquanto a espiritualização do fogo estaria ligada à aquisição do mesmo pela percussão. Mircea Eliade chega à mesma conclusão e opina que a obtenção do fogo pelo atrito é tida como o resultado, a "progenitura" de uma união sexual, mas acentua, de qualquer forma, o caráter ambivalente do fogo: pode ser tanto de origem divina quanto demoníaca, porque, segundo certas crenças arcaicas, o fogo tem origem nos órgãos genitais das feiticeiras e das bruxas.
    Em síntese, o fogo que queima e consome é um símbolo de purificação e regeneração, mas o é igualmente de destruição. Temos aí nova inversão do símbolo. Purificadora e regeneradora a água também o é. Mas o fogo se distingue da água na medida em que ele configura a purificação pela compreensão, até sua forma mais espiritual, pela luz da verdade; a água simboliza a purificação do desejo até sua forma mais sublime, a bondade

    http://www.mundodosfilosofos.com.br/segunda.htm#A
    posted by iSygrun Woelundr @ 7:58 PM   0 comments
    BRAHMANISMO: DEUSES HINDUS


    Um dos grandes feitos do Hinduísmo está na fusão de cultos e deuses em uma vasta mitologia. Há uma infinidade incontável de divindades que com o passar dos tempos as características desses deuses se fundiam para formar uma única divindade. É maravilhoso perceber a unidade de todas as mitologias. Dentro do hinduísmo vemos uma série de princípios cósmicos e psicológicos inerentes a todas as religiões.
    A imagem dos deuses representava as suas características, os diversos braços que uma divindade apresentava significava extensões de sua energia íntima, e os objetos em suas mãos os símbolos dos seus vários poderes na ordem cósmica.
    Em seguida, estão relacionados alguns dos Deuses Hindus, com suas esposas, seus avataras, seus companheiros e principais características:
    Brahma, O Deus Criador considerado outrora o maior dos deuses porque colocava o universo em movimento, decresceu de importância com a ascensão de Shiva e Vishnu. Aparece de manto branco montando um ganso. Possui quatro cabeças das quais nasceram os Vedas, que ele leva nas mãos junto com um cetro e vários outros símbolos. É o Pai Celestial, criador dos céus e da terra.
    Shiva, O destruidor. Um dos dois deuses mais poderosos do hinduísmo. Apresenta-se de várias formas: o extremado asceta, o matador de demônios envolvido por serpentes e com uma coroa de crânios na cabeça, o senhor da criação a dançar num círculo de fogo ou o símbolo masculino da fertilidade. Mais que os outros deuses é uma mistura de cultos, mitos e deuses que vêem desde a pré-história da Índia. É a representação do Espírito Santo no hinduísmo.
    Parvati (ou Mahadevi) , esposa de Shiva, era a filha das montanhas do Himalaia e irmã do rio Ganges. Com amor, afastou Shiva de seu ascetismo. Representa a unidade de deus e deusa, do homem e da mulher. É nossa Divina Mãe Kundalini, amorosa senhora que é desdobramento do Divino Espírito Santo dentro de nós.
    Uma, é a deusa dourada, que como uma forma de Parvati reflete manifestações mais brandas de seu marido Shiva. Serve ás vezes de mediadora nos conflitos entre Brahma e os outros deuses. É a Mãe Cósmica, toda luminosa, e que tem como manto o céu estrelado.
    Durga, que é outra forma de Parvati como uma deusa feroz de dez braços, nasceu já adulta das bocas flamejantes de Brahma, Shiva e Vishnu. Montada num tigre, usa as armas dos deuses para combater os demônios. É nossa Divina Mãe Interior, responsável pela Morte do Ego em nosso interior.
    Kali, é Parvati transformada na mais terrível deusa do hinduísmo, com uma sede insaciável por sacrifícios sangrentos. Aparece em geral manchada de sangue, vestida de cobras e com um colar de crânios de seus filhos. Representa outro aspecto da nossa Divina Mãe Interior, aquela que destrói poderosamente o Ego nos mundos infernais, quando nós não nos interessamos pelo trabalho consciente da morte do Ego. Se não destruimos o Ego conscientemente, a Natureza Infernal o destruirá violentamente. Isso tudo por amor a nós. Essa destruição se efetua nos infernos atômicos da natureza. Essa é a famosa Segunda Morte, escrita no Apocalipse de São João.
    Nandi, o touro sagrado para o povo do Indostão como um símbolo de fertilidade. Foi absorvido no hinduísmo como o companheiro constante de Shiva , de quem é montada, camarista e músico. Shiva usa na testa o emblema de Nandi, a lua crescente. Uma das representações das energias sexuais transmutadas, que nosso Divino Espírito Santo (Shiva) utiliza para a redenção da Alma.
    Kartiqueia (ou Scanda), substituiu o deus védico Indra como principal deus hindu das batalhas. Filho de Shiva e, em alguns mitos, gerado sem mãe, só se interessa por lutas e guerras. Com seis cabeças e doze braços, comanda as suas legiões celestiais do dorso de um pavão colorido. Representa a Alma Humana, que deve guerrear as forças tenebrosas de nossos inimigos internos, ou Ego. É a Vontade (Thelema), necessária para a Vitória.

    Ganesh, filho de Shiva , com cabeça de elefante, é talvez o deus mais popular. Sábio, ponderado e bem versado nas escrituras, é invocado pelos crentes antes de qualquer empreendimento para assegurar seu êxito. É a Sabedoria divina que a todos guia e dá liberdade, prosperidade e triunfo.
    Vishnu, o conservador. É para muitos hindus o deus universal. Traz em geral quatro símbolos: um disco, um búzio, uma maçã e uma flor de lótus. Sempre que a humanidade precisa de ajuda, esse deus benévolo aparece na Terra como um avatara ou reencarnação. É o equivalente hindu do Cristo Cósmico e do Osíris egípcio.
    Matsia, o peixe de chifres que representa a intercessão de Vishnu num tempo de dilúvio universal. O peixe avisou Manu (que é o Noé hindu) e salvou-o num barco preso ao seu chifre. O peixe representa a energia inteior, sexual, transmutada.
    Curma, a tartaruga. O segundo avatar de Vishnu que apareceu na Terra depois do dilúvio para recuperar tesouros. Na Alquimia medieval, representa o Antimônio, o fixador do ouro em nosso interior. É nosso Ser Interior, todo sabedoria, que, como uma tartaruga, dá um passo após o outro, para a realização da Grande Obra.
    Varaa, o Javali. Originalmente o porco sagrado de um culto primitivo que tornou-se um avatar de Vishnu depois de um segundo dilúvio. Cavando sob a água com as presas, fez subir a terra e reestabeleceu a terra firme. Representa a força do elemento Terra. É a força elemental que se necessita para a Grande Obra Alquímica. É a energia que transforma o chumbo em ouro.
    Narasima, O leão-homem foi avatar de Vishnu. Brahma, tinha dado invulnerabilidade a um demônio durante o dia e durante a noite. O avatar matou o demônio ao crespúsculo. Representa também a Execução, mais cedo ou mais tarde, da Lei.
    Vamana, o anão, outro avatar, que se tornou um gigante para frustrar um demônio que procurava controlar o universo. Tendo permissão para conservar tudo o que pudesse cobrir com três passos, Vamana abrangeu o céu, a terra e o ar intermediário.
    Parasurama, foi Vishnu como filho de um brâmane roubado por um rei Kshatryia. Parasurama matou o rei, cujos os filhos por sua vez mataram o Brâmane, então Parasurama matou todos os Kshatryias masculinos durante 21 gerações. Ele representa a Justiça Divina, liderada pelo Mestre Anúbis e seus 42 Juízes do Karma (42 é o dobro de 21). O Karma, quando entre em ação, é terrível e invencível.
    Rama, O herói da epopéia literário-religiosa "O Ramaiana", foi Vishnu como um avatar que venceu Ravana, o mais terrível demônio do mundo. Rama representa o hindu ideal: um marido gentil, um rei bondoso e um chefe corajoso contra a opressão. O símbolo do grande mestre Rama (ou Ram, como foi conhecido nos períodos pós-dilúvio atlante) é a estrela de 6 pontas, ou hexagrama. Segundo o doutor Jorge Adoum, grande mestre da Fraternidade Universal, foi o grande líder Ram quem expulsou os negros africanos da Índia, nos primórdios da Segunda Sub-raça Ariana. Isso, obviamente, é totalmente desconhecido pela historiografia acadêmica.
    Krishna, o avatar mais importante de Vishnu, foi um deus-herói amado em muitos de seus aspectos: como um menino travesso, como um adolescente amoroso, como um herói adulto que proferiu as grandes lições do "Bhagavad Gita" . Esses aspectos de Krishna tiveram origens diferentes. Krishna foi o avatar da Era de Áries, divulgando a poderosa doutrina dos Grandes Avataras do Cristo Cósmico.
    Buda, como uma encarnação de Vishnu, é um exemplo da capacidade que tem o hinduísmo de absorver elementos religiosos diferentes. Dizem os hindus que o avatar Buda apareceu fundamentalmente para ensinar o mundo a ter compaixão pelos animais. Na verdade, esse grande mestre de compaixão canalizou as energias dos mundos Nirvânicos para o bem da humanidade. Sidarta Gautama (personalidade humana do grande Deus Cósmico, o Buda Amithaba) teve de se encarnar mais algumas vezes na Terra para terminar de cumprir sua missão. Sua encarnação seguinte foi como o mestre Tsong Kapa, o grande reformador do budismo tibetano. O mestre Samael afirma que esse mestre ascenso está, desde o século 17, reencarnado no planeta Marte, cumprindo uma missão cósmica semelhante à missão de Jesus na Terra.

    Lakshmi, mulher de Vishnu, muitas vezes representada sentada numa flor de Lótus e empunhando outra, representa a boa sorte, a prosperidade e a abundância. Seus companheiros são dois elefantes. Sendo por si mesma uma importante deusa. O mestre Samael afirma, na obra O Matrimônio Perfeito, que Lakshmi, como mestre da Grande Fraternidade Branca, auxilia o devoto a sair conscientemente em corpo astral.
    Sita, mulher de Rama que é um avatar de Vishnu. Ela é uma encarnação de Lakshmi. Representa a esposa hindu ideal. Foi raptada pelo demônio Ravana e levada para a morada deste, mas permaneceu devotada ao marido. Representa a virtude da Fidelidade ao trabalho gnóstico. Não esmorecer nunca.
    Hanuman, o rei dos macacos que emprestou sua agilidade, a sua velocidade e a sua força a Rama para ajudar a salvar Sita de Ravana. Pediu em troca que pudesse viver enquanto os homens se lembrassem de Rama. Assim Hanuman tornou-se imortal. Simbolicamente, o macaco é a Ciência Superior, a Lógica Superior, que possibilita "medir o mundo", medir a Grande Obra, e saber o quanto se gastará para se realizar o Trabalho Alquímico.
    Garuda, a montada de Vishnu, é uma ave mítica de cara branca, de cabeça e asas de águia e corpo e membros de homem. Transportando o deus no seu cintilante dorso dourado, era ás vezes confundida com o deus do fogo, Ágni.
    posted by iSygrun Woelundr @ 7:54 PM   0 comments
    PSICHES: A Bela Adormecida.



    “A ADOLESCÊNCIA é um período de mudanças grandes e rápidas, caracterizadas por períodos de passividade e letargia totais alternando-se com uma atividade frenética, e até comportamentos perigosos para “provar a si próprio” ou descarregar tensões internas”.

    Os contos de fadas costumam retratar estas variações de sentimentos e comportamentos dos adolescentes. Isto acontece quando o adolescente herói, subitamente, é transformado em pedra durante a eclosão das suas aventuras , sob a ação de um encantamento.

    Ao contrário de outros contos de fadas que frisam os grandes feitos dos seus heróis, A

    Bela Adormecida enfatiza a concentração demorada e tranqüila muito necessária.O período que antecede á primeira menstruação traz no seu bojo a passividade , a sonolência e o retirar-se em si próprias das moçoilas.Os meninos também conhecem estes tipos de efeitos durante a sua puberdade. Este conto é muito apreciado de ambos os sexos, exatamente por demonstrar características bem conhecidas de um certo período da vida dos adolescentes.

    Nesta época, devem combinar entre si, períodos ativos e passivos.” O ensinamento que aparentemente se assemelha á passividade ( ou estar dormindo em vida )sucede quando os processos mentais internos de tal importância prosseguem dentro da pessoa de forma que ela não tem energia para uma ação orientada para o exterior.”

    O adolescente que lê A Bela Adormecida, aprende a não se preocupar com os seus momentos de passividade, mesmo que pareça estar dormindo em vida, ele sabe que a vida está acontecendo ao redor dele. Acontece ainda, um final feliz nesta estória o que assegura ao adolescente que tudo irá acabar bem. O símbolo contido neste conto diz ao adolescente de ambos os sexos , que o seu próximo período de atividade compensará o de passividade e que durante todo este tempo de passividade vivido por ele , ele adquiriu forças , todas elas necessárias para que se tornasse Ele Mesmo.

    A Bela Adormecida é conhecida hoje em duas versões diferentes : a de Perrault e a dos Irmãos Grimm.Na realidade, este conto é muito antigo e Basílio foi o seu primeiro “ contador”no seu PENTAMERONE : “O SOL ,A LUA E TÁLIA’.

    Quando Perrault abordou este conto, teve o cuidado de afasta-lo ao máximo da estória contada por Basílio criando uma trama diferente da original, onde a rainha desejava alimentar o rei com os filhos dele com a própria filha, por ele manter preferência pela Bela Adormecida.Ele coabitou com a filha e gerou os dois filhos. Em Perrault, é a própria rainha quem quer comer a Bela princesinha. Só que a rainha surge como uma feiticeira “que sempre via criancinhas passando...era difícil conter-se para não avançar contra elas”.

    A rainha feiticeira é a mãe do Príncipe Encantado, que desperta a princesa e se casa com ela em segredo, só se declarando casado e pai de dois filhos, quando o rei, seu pai, volta de uma guerra na qual esteve envolvido. Talvez Perrault não tenha se sentido confortável em apresentar uma estória meio escabrosa á corte francesa , a de um rei que gera filhos na própria filha e outros etceteras. Perrault preferiu apelar para um príncipe cuja mãe era uma feiticeira canibal, passível até, de devorar os próprios netos.A versão dos Irmãos Grimm, a mais aceita e divulgada, ameniza esta origem sinistra e escabrosa do conto. Os Grimm o transformam em um verdadeiro “Conto De Fadas !”

    A menstruação, em eras passadas costumava a aparecer na idade de 15 anos.As treze fadas dos Irmãos Grimm indicam os treze meses lunares nos quais se dividia o ano antigamente.A menstruação ocorre de vinte e oito dias dos meses lunares e não nos doze meses em que se divide o ano na nossa época. Portanto , o numero doze representado pelas fadas boas e mais uma décima-terceira malvada indica simbolicamente a “maldição” da menstruação.

    O rei, sendo homem, não compreende a necessidade da menstruação e tenta evita-la, a rainha neste caso, está ausente.Não toma decisão alguma.

    “ A ausência temporária dos pais quando a filha encontra o fuso fatal, simboliza a incapacidade dos pais protegerem os filhos das várias crises de crescimento pelas quais todo o ser humano tem que passar.”

    A princesinha sai á explorar o seu castelo e encontra o quarto secreto onde a velha fiava escondida.”Neste ponto a estória está cheia de simbolismos freudianos.”

    Ela chega ao quarto subindo por uma escada circular, nos sonhos, estas escadas simbolizam experiências sexuais. Encontra a porta e gira a chave na fechadura. A porta” se abre”.

    Um quartinho trancado, é o símbolo dos órgãos sexuais femininos e o giro de uma chave na fechadura : a cópula.

    Vários pretendentes tentaram alcançar a Bela Adormecida em vão !O conto traz a advertência:” o despertar do sexo antes da mente e do corpo estarem prontos para ele é extremamente destrutivo.”

    Chegado o momento certo todos os empecilhos impenetráveis, até então, são superados. Já estão maduros, a princesa e o seu príncipe para o AMOR.

    “ A estória da Bela Adormecida imprime na criança a idéia de que uma ocorrência traumática – como o sangramento da moça no início da puberdade e depois, na primeira cópula- tem conseqüências felizes. Implanta o pensamento de que estes acontecimentos devem ser levados a sério, mas que não precisamos teme-los.A “maldição é uma benção disfarçada.”

    FONTE :A PSICANÁLISE DOS CONTOS DE FADAS
    AUTOR: BRUNO BETTELHEIM
    EDITORA: PAZ E TERRA
    posted by iSygrun Woelundr @ 7:47 PM   0 comments
    PSICHES: Matriochka
    Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick
    .
    O Culto da Matriochka

    Todos os que visitam a União Soviética trazem de lembrança uma pequena boneca de madeira que contém outras bonequinhas menores em seu interior: é a Matriochka, uma das mais antigas tradições russas, cuja origem desafia há séculos a curiosidade dos pesquisadores.
    Quem construiu a primeira Matriochka? E por que ela tem essa forma curiosa? O estudo mais completo sobre o assunto foi publicado por Lev Teplov, que reuniu suas descobertas no livro A Deusa Dourada da Sibéria. Teplov está convencido de que a estátua original existe até hoje, sendo há mais de oito séculos o centro de uma estranha seita religiosa matriarcal, que sobrevive nas florestas siberianas apesar dos esforços do antigo governo comunista soviético para descobrir seus praticantes e encontrar o lugar exato do santuário.
    Pesquisando as origens dessa religião misteriosa Teplov reuniu antigos testemunhos de viajantes que tentaram encontrar a sede do culto da deusa dourada. A primeira pista era a cidadezinha de Viatka, nos Urais, onde até hoje são feitas as pequenas Matriochka de madeira. Antigamente toda aquela região fazia parte do distrito de Ugra, que se estendia dos dois lados dos Urais até a ilha de Yamal, ao norte. Seus habitantes descendem de dois grupos originais, os khantis e os mansis, que foram os primeiros habitantes dos pântanos gelados do curso inferior do rio Ob.




    No século 5, khantis e mansis participaram da expedição militar organizada por Alarico para saquear Roma e voltaram carregados de tesouros.
    As crônicas russas da época fazem referência a uma grande estátua de mulher, fundida com o ouro trazido de Roma, segundo Teplov, a deusa dourada original, a lumala, à qual se ofereciam objetos de valor e. até sacrifícios humanos
    Os ugrianos não tinham escrita, e preservavam seus costumes e tradições em segredo, evitando o contato com os russos de outras raças que habitavam regiões vizinhas. Mas desde o século 10 já se falava em toda Europa de uma grande deusa dourada, adorada nos pântanos silherianos.
    Logo surgiram aventureiros atraidos pelas riquezas do estranho culto. Um deles o viking sueco Thorir, o Canalha, descobriu em 1023 o santuário secreto de lumala.



    A lenda conta que Thorir descobriu o santuário com a ajuda de uma jovem ugriana que ele havia seduzido: numa clareira escura da floresta brilhava a grande estátua de ouro maciço, colocada sobre um altar rústico e rodeada pelos inumeráveis tesouros trazidos de Roma. O que aconteceu depois é fácil de imaginar. O roubo, o saque, a fuga precipitada pela floresta, a luta entre os saqueadores, cada um deles querendo ficar com todo o botim. Thorir foi perseguido e morto. E a deusa lumala voltou ao altar profanado.
    Naquela época a estatua estava escondida às margens de um pequeno afluente do Divna setentrional. Mas depois do saque os ugrianos a levaram para além dos Urais, construindo um novo santuário na confluência dos rios Ob e lrtrych.
    Foi mais ou menos nesta época que começaram a surgir dúvidas sobre a aparência de lumala. Alguns diziam que a estátua representava uma mulher sentada, com uma criança no colo. Outros afirmavam que a deusa era a imagem de uma mulher nua, de pé, segurando uma espécie de cajado.



    O barão Siegmund Herberstein, gravador e cartógrafo medieval, fez um desenho de lumala na carta que publicou em 1551. Ele viajara para Moscou em 1549 e ali soubera que a estátua era oca com outra estátua igual, menor, no seu interior, e ainda outra, menor, dentro da segunda. As três estátuas representavam a filha, a mãe e a avó, na seita do estranho culto ugriano. Segundo a lenda contada a Herberstein, o vento assobiava quando passava pelo corpo oco das estátuas, e todo ugriano que ouvia esse ruído deveria depositar no solo uma oferenda para a deusa.
    Todos os dias os guardiães da deusa, vestidos de vermelho, percorriam a floresta, recolhiam as oferendas e as levavam para o altar. E quando já tinham recolhido bastante ouro, fundiam uma nova estátua sobre a anterior. Assim, a cada ano, lumala ficava maior e mais rica.
    Os pesquisadores mais recentes, como o russo Teplov, acreditam realmente nessa lenda, e também que o ouro para a estátua original veio de Roma: diversas descrições do culto de lumala incluem em seus tesouros taças de cobre, metal comum na Roma antiga mas absolutamente desconhecido nos pântanos de Ugra. Em 1584 o explorador inglês Giles Fletcher chegou a Moscou na pista de lumala. Enviou aos Urais uma expedição chefiada por um tal Bogdan, mas a deusa douradanão pode ser encontrada. Fletcher relata esse fato no seu livro Of the Russa Commonwealth.
    Segundo Herberstein apenas quatro estranhos chegaram a ver lumala. Um deles foi o conquistador cossaco Briazza que anexou oficialmente a Sibéria à Rússia na campanha de Ata Ermak. Em 1582 Briazza irrompeu nos pântanos siberianos à frente de seus cossacos e as tribos locais refugiaram se na pequena cidade fortificada de Nimiar, levando a estátua consigo. Um espião de Briazza introduziu se na cidade, onde assistiu a uma cerimônia do culto. Mas durante o ataque lumala foi secretamente retirada e escondida na floresta. Briazza morreu em combate e sua armadura, presente do czar, foi depositada aos pés da deusa. Naquela época ainda lhe eram oferecidos sacrifícios humanos. Os sacerdotes atingiam o prisioneiro com flechas ocas, por on¬de o sangue escorria. A morte lenta fazia parte do ritual. Mais tarde passaram a sacrificar animais em vez de homens.




    As notícias seguintes sobre lumala datam de meados do século 18, quando o coronel russo Grigori Novitski foi punido por ter participado de um complô político na Ucrânia. Foi expulso de Kiev e enviado para uma distante guarnição de Tobolski, próximo do local onde os ugrianos escondiam a deusa dourada. Sabendo desse fato o coronel iniciou uma busca rigorosa procurando o santuário secreto de lumala. Suas descobertas foram relatadas numa espécie de diário, que enviou a Moscou, e que confirma em muitos pontos os escritos antigos de Herberstein.
    Constantin Nossilov, um viajante russo que explorou a região de Konda em 1904, soube, por um velho aldeão, que a estátua da deusa tinha novamente cruzado os Urais.
    Anton Kaduline, um velho caçador que vive até hoje numa pequena fazenda perto de Tiumen, foi talvez o explorador contemporâneo que chegou mais perto do santuário oculto. Um pescador contou lhe que o culto a lumala ainda persistia, em segredo, nos pântanos da região. Curioso, Kadulme começou a procurar e descobriu um pequeno altar com alguns tesouros e a estátua de bronze de um deus de aparência pouco humana. Mas não viu lumala, que tinha sido levada dali pouco antes.
    Lev Teplov viajou por toda a região, conversou com centenas de pessoas, explorou as florestas e não descobriu nada. O próprio Anton Kadulme não pôde ou não quis ajudá lo. Mas voltou convencido de que o culto a lumala ainda persiste numa das ilhas dos pântanos gelados do curso inferior do rio Ob. Acredita que se a deusa for encontrada, estarão entre seus tesouros taças de cobre de Roma antiga e a rica armadura do conquistador Briazza.'




    Amor tenet omnia.

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    posted by iSygrun Woelundr @ 7:39 PM   0 comments
    MAGIA: A NOITE


    Instituto de Pesquisas Psíquicas Imagick
    ..
    A Noite e o Número 8
    .


    ..AKE
    .
    "Em todos os idiomas europeus,
    a palavra NOITE é formada pela letra N + o número 8...
    A letra N é o símbolo matemático de infinito
    e o 8 deitado também simboliza isso...
    ou seja, noite significa, em todas as línguas,
    a união do infinito!!!
    Português: noite = n + oito
    Inglês: night = n + eight
    Alemão: nacht = n + acht
    Espanhol: noche = n + ocho
    Francês: nuit = n + huit
    Italiano : notte = n + otto."





    Amor tenet omnia.

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    posted by iSygrun Woelundr @ 7:05 PM   0 comments
    DA vince: os arcanjos

    Você sabia que o dia 29 de setembro é dedicado aos arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael? Não deixe a data passar em branco: conheça aqui essas poderosas criaturas celestiais e dedique a eles uma linda oração.

    Quem já não chamou pelo anjo da guarda?

    Provavelmente, um grande número de crianças, adolescentes e adultos, independentemente de raça ou religião, já pediu proteção a essas criaturas tão encantadoras e “envolventes”.

    E, se você não sabia, o festivo mês de setembro também é o tempo deles: no dia 29 comemora-se a festa dos arcanjos mais famosos da história das religiões, Miguel, Gabriel e Rafael.

    Tanto que o novo calendário litúrgico reservou um dia especial para os três.

    Afinal, quem são estes anjos?

    Que funções celestiais cada um deles tem, na hora de nos proteger aqui na Terra?

    São Miguel, que significa “aquele que é como Deus”, é considerado o Príncipe Guardião e Guerreiro, padroeiro da Igreja Católica Universal e chefe dos arcanjos. Miguel é o anjo do arrependimento e da justiça. O culto a esse anjo é um dos mais antigos da história do cristianismo. No Islamismo, ele é chamado Micail.

    São Gabriel, significa “Deus é minha força”. É considerado o Arcanjo da Anunciação, portador das boas novas, da morte e da revelação. Foi ele quem recebeu a ilustre tarefa de anunciar à Virgem Maria o nascimento de Jesus e à Isabel a chegada de São João Batista. Outras missões revelam a importância do Arcanjo Gabriel (Djibril, em árabe): ele anunciou a Encarnação do Filho de Deus e, segundo Maomé, foi o anjo que ditou o Alcorão, palavra por palavra.

    São Rafael, cujo significado é “Deus curou”, teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como anjo da guarda. Guardião da saúde e da cura, é considerado também o chefe da ordem das virtudes, guardião da Árvore da Vida no Jardim do Éden e anjo da oração, do amor, da alegria e da luz.

    Esses três arcanjos (anjos-chefes) representam a alta hierarquia dos anjos e são, antes de mais nada, “mensageiros de Deus, transportando os Decretos Divinos” até os humanos, segundo a Enciclopédia dos Anjos, de Evelyn D. Oliver & James R. Lewis, da Makron Books.

    Por isso, esqueça um pouco o grande tumulto do mundo ao seu redor e preste atenção: se você ouvir um “bater de asas” ao seu lado, pode ser um deles lhe trazendo mensagens do Senhor!



    Oração dos Arcanjos

    Arcanjo Miguel - Príncipe Guardião e Guerreiro
    defendei-me e protegei-me com Vossa espada,
    não permiti que nenhum mal me atinja.
    Protegei-me contra assaltos, roubos, acidentes,
    contra quaisquer ato de violência.
    Livrai-me de pessoas negativas.

    Espalhai Vosso manto e vosso escudo de proteção
    em meu lar, meus filhos e familiares.
    Guardai meu trabalho, meus negócios e meus bens.
    Trazei a paz e a harmonia.

    Arcanjo Rafael – Guardião da saúde e da cura
    peço que Vossos raios curativos desçam sobre mim,
    dando-me saúde e cura.
    Guardai meus corpos físico e mental,
    livrando-me de todas as doenças.
    Expandi Vossa beleza curativa em meu lar,
    meus filhos e familiares, no trabalho que executo,
    para as pessoas com quem convivo diariamente.

    Afastai a discórdia e ajuda-me a superar conflitos.
    Arcanjo Rafael, transformai a minha alma e o meu ser,
    para que eu possa sempre refletir a Vossa Luz.

    Arcanjo Gabriel – Portador das boas novas, das mudanças,
    da sabedoria e da inteligência, Arcanjo da Anunciação
    trazei todos os dias mensagens boas e otimistas.
    Fazei com que eu também seja um mensageiro,
    proferindo somente palavras e atos de bondade e positivismo.
    Concedei-me o alcance de meus objetivos.

    Queridos Arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel
    Que o Círculo de Luz e Proteção que emanam de Vós me cubram,
    à minha família, aos meus amigos, aos meus bens e a toda a humanidade.

    Que assim seja!

    Fonte: Árvore da Vida

    Sara

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    posted by iSygrun Woelundr @ 6:55 PM   0 comments
    PSICHES: SANTO DAIME, OU: Ayahuasca
    Ayahuasca a Força que vem do Fundo da Floresta.

    A Ayahuasca é conhecida por diversas culturas antigas pelos nomes: yajé, caapi, natema, pindé, kahi, mihi, dápa, bejuco de oro, vine of gold, vine of the spirits, vine of the soul e a tradução para a nossa língua portuguesa ficou em hoasca.

    No Brasil ficou muito conhecida com o nome de “chá do Santo Daime” ou “vegetal”. Na linguagem Quechua, aya significa espírito ou ancestral, e huasca significa vinho ou chá (Luna & Amaringo, 1991; Grob et al., 1996). Este nome, tanto se aplica à bebida preparada por meio da mistura do jagube(Banisteriopsis caapi ) que é um cipó, e da chacrona ou rainha da floresta (Psycotria Viridis ), que é um arbusto aonde usamos dela apenas as folhas.

    O jagube invoca força pura, energia masculina é ele que transmite a força à nossa alma. A chacrona invoca e transmite a energia feminina é ela quem dá a luz ao nosso interior. Na verdade o ayahuasca não é um chá, mas sim um vinho, pela forma que é fabricado. Ela fermenta e possui o mesmo tratamento relativo à maturação do vinho de uvas. A decocção e combinação destas duas plantas Jagube e Chacrona, resulta no Ayahuascar.

    As origens do uso da Ayahuasca na bacia Amazônica remontam à Pré-história. Fica muito difícil afirmar quando a prática do uso do Ayahuasca teve origem, porém, há dados e evidências arqueológicas através de potes, desenhos que levam a crer que o uso de plantas de Poder e o contato com o mundo Divino ocorra desde 2.000 a.C.

    No século XVI, relatos de espanhóis e portugueses, que controlavam as florestas do Novo Mundo, observaram a utilização de bebidas dentro da cultura indígena recriminando-a: “quando bêbados, perdem o sentido, porque a bebida é muito poderosa, através de sua utilização comunicavam-se com o demônio, porque eles ficam sem julgamento, e apresentam várias alucinações que eles atribuem a um Deus que vive e habita dentro destas plantas” (Guerra, 1971).

    O uso da plantas de Poder foi condenado pela Santa Inquisição em 1616, o cerimonial persistiu de forma secreta, escondida dos bárbaros dominadores Europeus. Os padres Jesuítas naquela época, perseguidores e destruidores de culturas, descreveram o uso de “poções diabólicas” pelos nativos do Peru no século XVII.

    Em 1851 quando o botânico inglês R. Spruce, registra o uso do Ayahuasca entre os índios Tukanoan, no Brasil. Estes convidaram-no a participar de uma cerimônia que incluía a infusão que eles chamavam “caapi”. Os Tukanoans mostraram a Spruce a planta da qual caapi derivava, e ele coletou espécies da planta e das flores. Spruce chamou-a de Banisteria caapi, e estudos posteriores levaram-no a concluir que caapi, yage e ayahuasca eram nomes indígenas para a mesma poção feita daquela videira. A Banisteria caapi de Spruce foi re-classificada como Banisteriopsis caapi em 1931.

    Em 1858, Spruce encontrou a mesma planta sendo usada na tribo Guahibo, na margem superior do rio Orinoco, na Colômbia e Venezuela, e, no mesmo ano, entre os Záparos dos Andes Peruanos, que denominavam-na Ayahuasca.

    Apesar da coleta e identificação da Ayahuasca datar de 1851, os alcalóides já eram conhecidos desde a primeira metade do século XIX., o que se deve à facilidade de extração dos mesmos, bem como aos possíveis usos clínicos: logo, a Harmalina foi isolada da Peganum harmala em 1840. Sete anos depois, a Harmina foi identificada. A “telepatina” - harmina - foi identificada na “yajé” em 1905 (Zerda e Bayon).

    O começo do século XX foi marcado por mais confusão do que esclarecimentos acerca da Ayahuasca, muitos identificaram-na, equivocadamente, do ponto de vista da botânica. Até que, em 1939, Chen & Chen descobriu que tanto a caapi, yagé e ayahuasca eram a mesma bebida. Foram estes mesmos pesquisadores que confirmaram que a harmina, telepatina e banisterina eram a mesma substância.


    Em 1957, Hochstein and Paradies encontraram, além de Harmina, também Harmalina e Tetrahidroharmina.

    Em 1968, identificou-se a N,N dimetiltriptamina (DMT) como outro alcalóide deste chá. Este já havia sido sintetizado em 1931, porém, só foi identificado como substância natural em 1955, na planta Piptadenia peregrina (Anadenanthera peregrina).

    Os princípios da ação farmacológica da Ayahuasca foram traçados na década de 1960 e sugeriam a interação das beta-carbolinas presentes na Banisteriopsis e do DMT proveniente da P. viridis.

    Ayahuasca não e Droga!!!

    Muitas pessoas mal esclarecidas e desinformadas acreditam de forma errônea que o ayahuascar é uma droga. Longe de ser uma droga prejudicial a saúde, a planta de poder trás equilíbrio e até a cura.

    Para vocês terem uma idéia de como o Ayahuasca não é uma droga, saibam que a diferença do veneno e do remédio pode ser encontrado na concentração de um elemento químico ou principio ativo em uma determinada substância. Até mesmo um remédio bem simples como o AAS (ácido acetilsalicilico ), se ingerido em concentração maior, poderá até matar.

    Pesquisadores afirmam que um dos componentes da ayahuasca é o Dimetiltriptamina ou simplesmente DMT. Uma substância que contenha o DMT, para ser enquadrada como droga, dentro das leis científicas atuais, precisa conter ao menos 2 % de DMT. No caso da ayahuasca este percentual é 0,02 %, ou seja, 100 vezes menor que a taxa mínima necessária para que uma substância seja taxada como droga.

    Os Xamãs usam a bebida em um contexto de cura. Eles tomam a Ayahuasca para melhor diagnosticar a natureza da doença do paciente. Xamãs podem receber o dom da cura por meio de espíritos da floresta e seu papel é o de, muitas vezes, intermediar a transmissão do conhecimento médico da floresta para o mundo dos humanos, possibilitando assim a cura.

    Os espíritos da planta professora são responsáveis por ensinarem aos xamãs algumas músicas sobrenaturais chamadas “icaros”, tanto dentro das sessões de ayahuasca quanto durante os sonhos que se seguem. Os mestres espirituais ensinam canções mágicas aos xamãs ou vegetais, estes podem cantá-las ou sussurrá-las durante a sessão de cura. Segundo a explicação dos xamãs, quando uma pessoa se torna doente, seu “padrão energético torna-se distorcido”. Sob a influência da Ayahusca, o xamã pode ver a distorção e corrigí-la através de cantos, sons, massagens, sucção, plantas medicinais, hidroterapia e restauração da alma do doente.

    A similaridade entre estes métodos xamãs e as técnicas orientais podem ser percebidas. Os xamãs escolhem plantas medicinais baseados em características visuais energéticas, como formas e cores. Por exemplo, uma planta que produz flores de formas semelhantes a uma orelha podem e devem ser usadas para tratamento de doenças relacionadas à orelha e audição. No treinamento dos xamãs, eles aprendem a respeito dos poderes das plantas e dos animais e suas “virtudes escondidas”.

    Os Xamãs também utilizam instrumentos como: Tambor, Maraca, Pau de chuva, Cachimbo, queima de ervas, banhos de ervas, dentre outros instrumentos e técnicas, para facilitar o contato ou o encontro com os guardiões de Pele Vermelha, nossos ancestrais ou mesmo o Animal de Poder, tudo isto para atingir o Equilíbrio, Paz até mesmo a Cura do Corpo, Mente e do Espírito.

    Texto: Xamã Alberto Junior - Crt - 25910. Terapeuta Holístico e Ocultista.

    Vivências e trabalho com Erva de Poder Individuais ou em grupo.




    Alberto Junior.
    albertojunior404@hotmail.com

    Cursos e Atendimentos. Atendimentos On-Line com web cam.

    www.luzholistica.hpg.com.br
    www.luzholistica.v10.com.br
    posted by iSygrun Woelundr @ 6:48 PM   0 comments
    mitologia classica: AFRODITE
    sexta-feira, setembro 22, 2006


    Pensando nisso fiquei paralisada... Senti um nó e um "vácuo" na mente. De repente qualquer coisa sobre Afrodite me parecia inadequada e superficial. Talvez seja o "nó" desse arquétipo em mim. Mas, mesmo assim, quero compartilhar com você o que esta sendo pesquisar e escrever sobre Afrodite, essa Deusa, representante de um aspecto feminino tão delicado, amoroso e potente. Um dia tomei posse do livro de uma amiga. Um casal de psicoterapeutas elegeu seis Deusas gregas e observou seus perfis psicológicos a partir do estudo de seus mitos.

    Hera: Deusa do Casamento (A Poderosa, A Esposa)
    Perséfone: jovem rainha do inferno (A Mística, a filha da Mãe)
    Atena: deusa das artes e da sabedoria (A Filha do Pai, a protetora dos valores paternos)
    Deméter: Deusa da fecundidade e da Maternidade (A Mãe)
    Ártemis: Deusa dos campos e da agricultura (A Irmã)
    Afrodite: Deusa do amor e da beleza ( A Amante, a que nasceu de um orgasmo)

    Foi surpreendente ver meu perfil apontando para o arquétipo de Afrodite. Com cinco filhos e uma maneira meio "selvagem" de parir, achei que Demeter e Ártemis fossem meus arquétipos mais evidentes. Mesmo Perséfone me seria mais familiar do que Afrodite. Parei para considerar e percebi que meus filhos sempre foram um marco em minha vida, mas foram os meus amores que orientaram as minhas decisões mais importantes. Muitas vezes eu sofri a dor insuportável de uma separação e percebi que passei a vida esperando ser curada das feridas que "meus amores" deixaram em mim. Nós somos como as estações...Cíclicas. Temos a fase do trabalho, dos filhos, do amor e outras tantas. Quis saber mais sobre a fase do "o amor e dos amantes". A idéia de ter uma edição dedicada a Afrodite, me remeteu ao aspecto feminino que ama o seu oposto, que se alquimiza e se supera através desse amor. Ponderar sobre isso não foi exatamente uma experiência rápida, fácil e indolor. Não fosse por esse artigo, eu acho até que dormiria mais cedo hoje. Mas Afrodite é mesmo uma deusa poderosa. Passarinhos já anunciam o dia e eu não chego ao fim do que deveria ser apenas a introdução do mito. Paciência. Sinto-me impelida!
    Vou citar a poesia de uma amiga e companheira de jornada, que descreveu tão bem o estado de espírito da mulher descobrindo sua Afrodite...Ferida...Amante...E alquímica.

    Obrigada amado meu,
    Obrigada por não me amares tanto assim Como eu a ti
    Obrigada por não te apaixonares por mim como eu por ti
    Pois graças a isso posso agora voar
    Para bem le ou para bem perto
    Onde a Minha vida e não a Tua me chamar
    Onde as minhas enormes asas
    Que tanta necessidade tem de se abrir
    Quiserem ir
    E me mostrar quão fortes estão
    E de quanto espaço necessita
    Se não fosse assim
    Me conformaria, amado meu
    Em permanecer encolhida, pequena, menos do que sou
    Fingindo ser uma galinha,
    Quando águia sou...
    Obrigada por não me amares tanto assim
    Pois é pela dor, pela falta, pelo pouco... Que vôo além, muito além...
    Do mundo do pouco ao infinito mundo
    Sem as portas, as janelas, as muralhas.
    Que meu coração aceitaria Se tu me amasses tanto assim
    Abri de novo minhas potentes asas.
    Adeus.

    Fátima Pessoa.

    Quando eu ouvi esse poema pela primeira vez, senti algo tremer em mim. Como eu conheço essa sensação. Como essa aparente contradição e conflito me são familiares. A sensação da potencia de ser, de amar, de compartilhar e comungar o que sou, junto com o Medo de ter que escolher entre voar livremente para a plenitude de mim ou permanecer refém do amado, pequena, ferida porque metade. Encolhendo, murchando e esvaziando...Diminuindo de tamanho e de intensidade. Com Medo de ser insuportavelmente presente ou ausente demais. Repleta de sentimentos e sensações fervilhando o tempo todo e vazando pelas palavras e emoções vulcânicas e Inevitáveis. Senti Afrodite em chagas...E quis conhecer o antídoto que curasse suas feridas. Procurei pelo prazer. Os cheiros e gostos.A Beleza, a Poesia. A Intuição e o Amor. Sendo este o mais raro dos sentimentos. Quis saber como é Afrodite em seu esplendor. Com toda a sua força, luz e o poder de seu amor e sensibilidade. Como chegar ao paraíso sem morrer? Como viver o amor sem o perdão, sem a misericórdia, sem a superação mais profunda e diária de nós mesmas? Como vivenciar Afrodite sem estar arbitrando a cada momento a favor do amor em nossas atitudes? Como conhecer o esplendor de Afrodite sem curar suas chagas? Achei no mundo algumas Afrodites...A maioria em Chagas. Vera Fisher? Marilyn Monroe? Maria madalena? E as mulheres do Afeganistão? Que se encolhem, se diminuem, murcham e finalmente, sucumbem buscando alívio para a dor. Parte de nós sucumbe junto com elas... Enquanto outra parte ressurge em mulheres como Isabel Allende. Há muito que se aprender sobre o amor, suas chagas e a magnitude de seu poder.

    O Mito Afrodite (Vênus)
    - Deusa do amor e da beleza. Na lenda de Homero, ela é dita como sendo a filha de Zeus e Dione, uma de suas consortes, mas na Teogonia de Hesíodo, ela é descrita como nascida da espuma do mar e, etimologicamente, seu nome quer dizer "erguida da espuma". De acordo com Homero, Afrodite é a esposa de Hefaístos, o deus das artes manuais. Seus amantes incluem Ares, deus da guerra, que posteriormente foi representado como seu marido. Era a rival de Perséfone, rainha do mundo subterrâneo, pelo o amor do belo jovem Adônis. Talvez a lenda mais famosa sobre Afrodite diga respeito à causa da Guerra de Tróia. Éris, a personificação da discórdia - a única deusa que não foi convidada ao casamento de Peleu e da ninfa Tétis - ressentida com os deuses, arremessou uma maçã dourada no corredor onde se realizava o banquete, sendo que na fruta estavam gravadas as palavras "à mais bela". Quando Zeus se recusou a julgar entre Hera, Atena, e Afrodite, as três deusas que reivindicaram a maçã pediram à Páris, príncipe de Tróia, para fazer a premiação. Cada deusa ofereceu à Paris um suborno: Hera prometeu-lhe que seria um poderoso governante; Atena que ele alcançaria grande fama militar; e Afrodite que ele teria a mulher humana mais linda do mundo. Páris declarou Afrodite como a mais bela e escolheu como prêmio Helena, a esposa do rei grego Menelau.
    O rapto de Helena por Páris foi a causa da Guerra de Tróia. Seu casamento com Hefesto, o deus coxo, não a impediu de se entregar com volúpia a outros amores. Conta-se que Hefesto estabeleceu sua forja às bases do Etna, na Sicília, o que ocasionava las jornadas fora de casa. Enquanto isso, sua esposa partilhava o leito com seu amante Ares, todas as noites, tendo como vigia, Aléctrion, amigo de Ares. Certo dia, o sentinela dormiu em seu posto e Hélio, o Sol que a tudo vê, pilhou o casal em adultério, avisando Hefesto em seguida. Traído, o deus teceu uma rede fina onde logrou prender os dois amantes e os expôs aos deuses que deles se escarneciam. Tempos depois, Afrodite avistou Anquises, pastor de ovelhas que guiava seus rebanhos pelas pastagens do monte Ida. Transformada na princesa Otréia uniu-se a ele. Ao amanhecer, descobriu a verdadeira origem da deusa e, embora fosse por ela advertido de que deveria manter segredo sobre aquele encontro, vangloriou-se publicamente de sua ligação com a deusa. Como castigo, Zeus enviou-lhe um raio, mas Afrodite conseguiu salvá-lo. Seus amores extraconjugais não param por aí. Com Adônis, filho de Esmirna, teve um grande romance tragicamente interrompido pela morte prematura do rapaz, vítima dos ciúmes de Ares. Afrodite gerou muitos filhos, frutos das suas diversas incursões amorosas. Assim, de seu romance com Hermes, nasceu Hermafrodito, belo como a mãe, mas desprovido de ardor amoroso. Criado pelas Ninfas, ao completar quinze anos pôs-se a correr o mundo. Chegando à Cária despiu-se porque queria banhar-se num lago.
    Foi surpreendido pela ninfa Sálmacis que de imediato se apaixonou pelo jovem. Indiferente, Hermafrodito a desprezou e a ninfa atirou-se no lago enlaçando-o fortemente. Sálmacis suplicou aos deuses que não permitissem que eles jamais fossem separados. Atendida em seu pedido, os dois corpos fundiram-se num só e Hermafrodito transformou-se numa criatura de dupla natureza. Com Ares engendrou Eros (Cupido), Harmonia, Deimos e Fobos. Com Dionísio, Afrodite concebeu Priapo, dotado de um falo descomunal. De seu romance com o mortal Anquises, nasceu Enéias, grande herói troiano. A deusa também era conhecida e temida por suas explosões de ódio que ocorriam principalmente quando era contrariada em seus caprichos. Sua arma favorita, utilizada em suas vinganças, era o amor, o qual habilmente transformava em arma certeira, muitas vezes fatal. Desprezada por Hipólito, filho de Teseu, que prestava culto à Ártemis, fez com que sua madrasta Fedra, esposa de Teseu fosse tomada de violenta paixão pelo jovem.
    Repelida pelo rapaz e tomada de despeito mentiu ao marido dizendo que Hipólito a havia tentado violentar. Posídon, a pedido de Teseu, executou a vingança fazendo com que os cavalos que puxavam seu carro se assustassem com um monstro surgido inesperadamente do mar e se precipitassem nos rochedos. Hipólito morreu e Fedra, cheia de remorso suicidou-se. Quando tomou ciência de que seu amante Ares se havia unido a Eos, a Aurora, fez com que esta fosse acometida de muitas paixões, todas elas culminando em grandes tristezas. A divindade era inicialmente relacionada aos instintos e à fecundidade, foi pouco a pouco adquirindo a denominação de deusa do amor no seu sentido mais nobre e puro.
    Com o tempo, a deusa foi sendo imbuída de outras conotações que se referiam às diversas formas de expressão do amor. Em Atenas era conhecida por Hetaira, a cortesã; em Esparta adquiriu caráter guerreiro; na Argólia era conhecida como Pelagia ou Pontia, divindade protetora dos marinheiros. Entretanto, sua atribuição mais conhecida é a de deusa da beleza e do amor, defensora do prazer pelo prazer simbolizado pela atração sexual com o poder de satisfazer e desfrutar todo e qualquer desejo amoroso.




    Que "arejante" a versatilidade dessa deusa! Podemos perceber as muitas faces de Afrodite e com isso quebrar nossa visão cristalizada dessa energia venusiana e poderosa. Afrodite desperta em nós o gosto pela beleza, pelas artes e pelo amor.
    Sempre que nos banhamos com carinho, nos perfumamos, escrevemos ou lemos uma poesia e experimentamos o intenso prazer que nosso corpo produz, estamos transitando no domínio de Afrodite. Nesses momentos aquecemos nossos corações em suas águas mornas, cheias de pétalas de rosas perfumadas.... Um símbolo de amor profundo, sensual e verdadeiro. O prazer intenso está necessariamente associado ao amor. Essa dissociação é a essência da "Chaga de Afrodite".
    E para curar essa Chaga, amemos nosso semelhante como amamos a nós mesmas. Cultuar Afrodite em nosso cotidiano é escolher a cada momento o prazer, o amor, o perdão e o sorriso, exercitando nosso livre arbítrio de maneira femininamente sábia. Para fechar o artigo, vale a pena ler as doces palavras de Gibran nesse momento...
    S.M.E.

    Seguindo o amor
    Quando o amor acenar, siga-o ainda que por caminhos ásperos e íngremes.
    E quando suas asas o envolverem, renda-se a ele
    Ainda que a lâmina escondida sob suas asas possa feri-lo.
    E quando ele falar a você, acredite no que ele diz,
    Ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos,
    Assim como o vento norte devasta o jardim.
    Pois, se o amor coroa, ele também o crucifica.
    Se o ajuda a crescer, também o diminui.
    Se o faz subir às alturas e acaricia seus ramos mais tenros que tremem ao sol,
    também o faz descer às raízes e abala sua ligação com a terra.
    Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro.
    Debulha-o até deixá-lo nu.
    Transforma-o, livrando-o de sua palha.
    Tritura-o, até torná-lo branco. Amassa-o, até deixá-lo macio e, então,
    submeta-o ao fogo para que se transforme em pão, no banquete sagrado de Deus.
    Todas essa coisas pode o amor fazer para que você conheça os segredos de seu coração e,
    com esse conhecimento, se torne um fragmento do coração da VIDA.
    Khalil Gibran
    posted by iSygrun Woelundr @ 2:51 PM   0 comments
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